Já imaginou poder fazer uma viagem internacional e ainda degustar alguns dos itens mais cobiçados da gastronomia? Esse privilégio é vivido por passageiros da primeira classe da Emirates, companhia aérea fundada em 1985 nos Emirados Árabes Unidos. Além de todas as vantagens em relação ao conforto e brindes, os clientes têm acesso a um cardápio distinto e, claro, muito requintado.

Um dos itens que mais chamam atenção é o caviar, que pode ser consumido de maneira ilimitada pelos passageiros. A iguaria utilizada é a clássica Ossetra, um dos tipos de caviar mais apreciados e reconhecidos, obtido das ovas do Esturjão Siberiano, peixe da espécie Acipenser baerii, nativa de sistemas fluviais que deságuam no Oceano Ártico, a exemplo de rios da Sibéria, província russa com mais de 13 mil quilômetros quadrados de área.

Esses peixes atingem um tamanho bastante considerável, podendo chegar a medir dois metros de comprimento e pesar 100 quilos. A coloração das ovas deles varia do cinza escuro ao marrom ou preto e apresenta sabor salgado e amanteigado.

Todo cuidado é pouco

Para manusear a iguaria, a companhia dá, aos passageiros, uma colher de madrepérola pura. Isso porque objetos de metal ou outros materiais podem contaminar o sabor do caviar.

O cuidado com o item também está em seu armazenamento e transporte. Em Dubai, onde está a sede da empresa, o fornecedor entrega o caviar já lavado com água, temperado com sal, embalado a vácuo em latas com tampa de aço e refrigerado à companhia aérea.

São três entregas semanais. O processo de refrigeração deve ser realidade, inclusive, durante o transporte. Por isso, são usados veículos especiais com temperatura controlada abaixo dos 5°C. Na hora de ir até a aeronave, ele é transportado por um motorista da Emirates, para garantir que a temperatura de conservação esteja correta. Para manter a cadeia de frio, a empresa chega a realizar 165 viagens em veículos especiais por dia com a iguaria.

Harmonização

Nas boas-vindas aos clientes, as comissárias servem o pote de caviar com torradas crocantes, blinis (pequena panqueca) macios, gema de ovo, clara de ovo, cebolinha, cebola branca, creme de leite e limão. Para acompanhar, a sugestão é uma taça de Dom Pérignon, uma das champanhes mais caras e apreciadas do mundo.

Uma novidade da companhia é que todos os voos que partem de Dubai estão servindo, na primeira classe, o champanhe Dom Pérignon Rosé Vintage 2009. A bebida é branca e apresenta a uva pinot noir em sua composição também. A safra de 2009 é elogiada e resultou em sabores e aromas de pétalas de rosa, óleo de laranja e açafrão, seguido por notas vívidas de framboesa, cereja, cassis e figo. Isso é resultado também dos 12 anos de maturação em adega. 

Quanto custa a experiência?

O valor dos voos varia de acordo com datas, temporadas e rotas escolhidas. Uma passagem de São Paulo para Dubai em outubro, por exemplo, é vendida por R$ 44.521 no site da empresa. Uma viagem de ida e volta, neste caso, sairia a quase R$ 90 mil.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Consumo

As rotas que mais consomem a iguaria são, respectivamente: Dubai - Londres, Dubai - Paris e Dubai - Sydney.

Apesar disso, todos os clientes da primeira classe da companhia, em todas as rotas globais, têm direito a degustar o caviar. Para descobrir se o champanhe Dom Pérignon Rosé Vintage 2009 estará disponível no voo, basta acessar a aba "O que há no seu voo" no site ou aplicativo da companhia. Apesar disso, há sempre opções de bebidas da marca e trechos de primeira classe pela Emirates. 

*Estagiária sob supervisão dos subeditores Gabriel Felice e Thiago Prata

compartilhe