A Geração Z está modificando diversos hábitos, incluindo o da alimentação. É o que mostra um levantamento feito por Fred Sirieix, maître d'hôtel e personalidade da TV britânica, e pela marca de queijos plant-based Boursin. A pesquisa listou 10 pratos que correm o risco de desaparecer por causa da rejeição dos jovens. 

O estudo ouviu 2 mil adultos britânicos entre 18 e 27 anos. Para 35% deles, o fígado é o pior alimento. Em seguida, aparecem o queijo azul (32%), as anchovas (30%) e a morcela ou chouriço de sangue (29%).

Outros itens como camarões (26%), pato (25%), tofu (23%), cogumelos (23%), azeitonas (23%) e até queijo vegetal (21%) também estão entre os “cancelados” pela geração. Para Siriex, a rejeição vem de uma mistura de preconceitos e falta de disposição para experimentar novos sabores.

“Há um mundo inteiro de sabores esperando para ser explorado se você for corajoso o suficiente”, afirmou Sirieix. A pesquisa mostrou ainda que seis em cada dez britânicos dizem não gostar de certos alimentos mesmo sem nunca tê-los provado.

Confira o ranking completo dos alimentos que a Geração Z mais evita

  1. Fígado – 35%
  2. Queijo azul (como gorgonzola) – 32%
  3. Anchovas – 30%
  4. Morcela (chouriço de sangue) – 29%
  5. Camarão – 26%
  6. Pato – 25%
  7. Tofu – 23%
  8. Cogumelos – 23%
  9. Azeitonas – 23%
  10. Queijo vegetal (plant-based) – 21%

Essa resistência tem reflexo direto no futuro da culinária tradicional do Reino Unido. Uma outra pesquisa, realizada pela fabricante de eletrodomésticos Ninja, combinou dados de entrevistas e buscas online para prever que pratos icônicos britânicos podem “desaparecer” nos próximos cinco anos, ou seja, que vão cair em desuso em menus de restaurantes e em cardápios feitos em casa. 

Por fim, o consumo de adoçantes artificiais podem trazer efeitos negativos relacionados ao uso excessivo. Entre eles, alterações no apetite, problemas digestivos e ganho de peso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera seguro o consumo diário de até 40 ml de aspartame por quilo de peso corporal. Divulgação
Os refrigerantes, tanto os tradicionais quanto os zeros, são produtos ultraprocessados que contêm corantes, conservantes, aromas sintéticos e gás carbônico. Mesmo sem o açúcar refinado das versões originais, eles são adoçados com substitutos como aspartame e stevia. Divulgação
Assim, as grandes empresas voltadas a esses produtos também apostam nas versões diets. Picolés sorvetes são alternativas para tentar reduzir os prejuízos à saúde, porém devem ser consumidos de forma equilibrada e sempre com atenção aos rótulos. Divulgação
A busca por uma alimentação mais saudável também chegou a outras demandas. No setor de sorvetes, a oferta de produtos sem adição de açúcar tem ganhado destaque e atraem consumidores preocupados com o bem-estar geral.
"O segredo do sucesso em qualquer dieta é a moderação e o acompanhamento de um nutricionista e médico. Com planejamento, é possível alcançar uma vida mais saudável e com mais qualidade", acrescentou. Divulgação
A orientação da nutricionista é clara: analisar os ingredientes é crucial para fazer escolhas inteligentes, evitando produtos "falsamente saudáveis". Divulgação
No entanto, o chocolate zero açúcar não é isento de calorias, sendo importante novamente ler os rótulos para estar atento aos riscos à saúde. O tipo de chocolate que oferece menos riscos é o amargo, porque é rico em cacau e com menor teor de açúcar e gordura, porém deve ser consumido de maneira equilibrada. Lisa Weinstein Unsplash
"Temos que ficar atentos a isso também nos chocolates sem açúcar. Quanto maior o teor de cacau, melhor será. Vai trazer mais benefícios à saúde", explicou Kaffee Meister Unsplash
O chocolate zero açúcar pode ser uma opção mais saudável do que o chocolate convencional, mas deve ser consumido com moderação. Ele se torna uma alternativa para quem precisa reduzir o consumo de açúcar, com uma dieta menos calórica e sem deixar de comer um doce. Divulgação
"No biscoito, você tem que ver se ele leva farinha integral, se não é uma farinha normal. Qual tipo de adoçante que é colocado na composição", afirmou a nutricionista Eliane Silva.
Esses doces sem açúcar podem ser adoçados com uma variedade de alternativas. Entre elas, adoçantes artificiais, como sacarina, aspartame e sucralose; álcoois de açúcar, tais como eritritol, manitol, xilitol e sorbitol; ou aditivos alimentares, como maltodextrina. Sorvete - Produtos Light - Divulgação
"Precisamos observar não só a ausência de açúcar, mas também o teor de sódio e gordura presentes nestes produtos. Um biscoito 'fit', por exemplo, pode conter farinhas refinadas ou adoçantes artificiais que não são benéficos para todos", revelou a especialista. Divulgação
Quando o assunto são produtos saudáveis, outro que vem à tona e gera discussão são os doces sem açúcar. Eles podem ser uma opção dentro de uma dieta equilibrada, mas não são necessariamente mais saudáveis do que doces com açúcar. Divulgação
A moderação e a leitura atenta dos rótulos são fundamentais para evitar impactos como o aumento da glicose e da pressão arterial. A composição da cerveja varia muito. Algumas marcas utilizam ingredientes naturais e processos de produção inovadores, resultando em um produto com maior valor nutricional e menor teor de açúcar. - Divulgação
Além disso, as pessoas necessitam observar os rótulos, pois ingredientes como açúcar e trigo podem ser prejudiciais, principalmente para quem tem diabetes ou hipertensão. Divulgação
Outro exemplo é a cerveja sem álcool. De acordo com a nutricionista Eliane Silva o fato de ser "sem álcool" não a torna livre de riscos. "O consumo excessivo pode trazer problemas", ressaltou. Divulgação
O grão de café descafeinado concentra cerca de 85% dos antioxidantes em relação à opção sem processamento. Com isso, ele apresenta pequenas alterações no aroma, sabor e cor da bebida. Divulgação
O ideal, portanto, é limitar a três ou quatro pequenas xícaras de café descafeinado por dia. A ingestão exagerada pode ser prejudicial, principalmente para quem tem restrições a essa substância. Afinal, a quantidade residual de cafeína no café descafeinado é de apenas três miligramas por xícara, enquanto no tradicional é entre 70 e 140 miligramas. Divulgação
A cafeína, apesar de não ser prejudicial à saúde quando o consumo é moderado, consiste em um estimulante natural. Ela pode gerar uma sensação de bem-estar, mas para algumas pessoas pode causar agitação e agravar sintomas da ansiedade e gerar uma má resposta gástrica.
Um desses exemplos é o café descafeinado. Ele é frequentemente considerado inofensivo pela redução ou até remoção da cafeína, substância química natural presente nos grãos. Divulgação
Mesmo com a possível redução de açúcar e cafeína, esses produtos podem trazer impactos diretos à saúde dos indivíduos. Em alguns casos, há um desequilíbrio no consumo por achar justamente o contrário.
"Isso ocorre porque, embora esses produtos contenham menos ou nenhum dos ingredientes preocupantes, eles podem apresentar outras substâncias prejudiciais", disse à Folha de Pernambuco. Divulgação
De acordo com a nutricionista Eliane Silva, do Hospital Jayme da Fonte, "alguns alimentos, como café descafeinado e biscoitos ou guloseimas sem açúcar, são vistos como alternativas mais saudáveis, mas precisam ser consumidos com equilíbrio". Divulgação
Em busca de vida saudável, longe dos problemas da má alimentação, as pessoas optam por versões de produtos que se apresentam como "saudáveis". Entre eles, cervejas sem álcool, café descafeinado e doces sem açúcar. Contudo, nem sempre os riscos à saúde deixam de existir. Divulgação

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Entre eles estão:

  • Linguiça Glamorgan - uma linguiça vegetariana tradicional galesa cujos principais ingredientes são queijo, alho-poró e farinha de rosca. Prevista para desaparecer até novembro de 2025;
  • Tatws pum munud - um ensopado galês feito com bacon defumado, caldo, batatas e outros vegetais. Previsto para desaparecer antes do Natal de 2025;
  • Pan haggerty - um prato assado da Escócia que leva batatas, cebolas, queijo e, às vezes, um pouco de repolho. Pode sumir no verão de 2026;
  • Torta de carneiro - uma torta inglesa de carne coberta com purê de batata, que é uma espécie de “escondidinho”. Em risco de extinção até junho de 2027.
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