Amigos, familiares e os colegas de Teuda Bara do Grupo Galpão compareceram no velório da atriz realizado nesta sexta-feira (26/12), no Palácio das Artes, para se despedir da atriz, que morreu na quinta- feira, em decorrência de septicemia.
O clima de consternação se alternava com o sentimento de que Teuda foi uma pessoa que espalhou alegria. Para celebrá-la, o músico Heleno Augusto, de violão em punho, puxou uma cantoria que todos acompanharam.
Os representantes da cena teatral marcaram presença expressiva, mas não só eles. Artistas de diversas outras áreas também foram dar o último adeus a Teuda.
A artista visual Laura Belém esteve no velório com seu pai, de quem a atriz era amiga desde os tempos de faculdade. Ela se recorda de acompanhar os primeiros espetáculos do Grupo Galpão. O cineasta Rafael Conde comentou sobre a presença luminosa de Teuda em alguns de seus filmes.
Muito emocionado, o poeta Renato Negrão disse que não chegou a ter propriamente uma convivência com a atriz, e justificou as lágrimas pela presença marcante de Teuda e do Galpão em sua vida.
Além de Heleno Augusto, outros nomes da seara musical, como Marcelo Veronez e Regina Souza, também compareceram à despedida.
Passada uma hora do início do velório, o número de pessoas no foyer do Grande Teatro tinha mais que dobrado. O filho caçula de Teuda, Admar Fernandes, destacou a força da mãe no teatro e também em casa. "Era essa alegria o tempo todo. Em casa era sempre muito carinhosa, atenta, cuidando da família inteira", disse.
Beto Franco, colega de Teuda no Galpão, disse que sua partida equivale a perder uma família inteira. "Ela era uma mãe pra gente, uma figura carinhosa acolhedora. Era uma irmã também, no sentido de ser uma confidente, a pessoa que viveu as loucuras todas, viveu as criações do Galpão. E era um pouco nossa filha também, tinha que cuidar da Teuda às vezes né, dar bronca nela", disse.
Chico Pelúcio, outro integrante do Galpão, chamou a atenção para o fato de que trabalhar com Teuda era intenso, transbordante, mas também um pouco caótico no que diz respeito às questões cotidianas, como cumprir horários ou decorar textos. "Mas a gente via o resultado quando chegava no olhar do espectador, o que aquilo transmitia. Era a força, o mistério da presença e o mistério da loucura, porque acho que o público via na Teuda a possibilidade da liberdade", disse.
Chico Pelúcio, outro integrante do Galpão, chamou a atenção para o fato de que trabalhar com Teuda era intenso, transbordante, mas também um pouco caótico no que diz respeito às questões cotidianas, como cumprir horários ou decorar textos. "Mas a gente via o resultado quando chegava no olhar do espectador, o que aquilo transmitia. Era a força, o mistério da presença e o mistério da loucura, porque acho que o público via na Teuda a possibilidade da liberdade", disse.
A atriz e diretora Rita Clemente destacou a entrega de Teuda ao teatro. "É uma relação com essa arte que não tenho visto nas novas gerações. Talvez esse seja o grande legado dela, essa relação profunda, no sentido da entrega", ressaltou.
Pouco antes de meio dia, os presentes fizeram ecoar uma efusiva salva de palmas, acompanhada pelos gritos de "Teuda, Teuda".
