O show de Kanye West, rapper americano agora conhecido como Ye, foi oficialmente cancelado após um inquérito instaurado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a manifestação do prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta quinta-feira (20/11).

O show, que ia ocorrer em 29 de novembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, teve seu cancelamento devido às polêmicas envolvendo o cantor, que fez depoimentos criminosos, elogiando líderes nazistas. Apesar do cancelamento do show, a rejeição de West, no entanto, começou anos antes.

A grande ruptura de 2022

As primeiras consequências financeiras para o rapper ocorreram em 2022, após uma série de declarações antissemitas. Na época, a Adidas encerrou sua parceria na linha “Yeezy”, que existia desde 2014, citando os comentários como "inaceitáveis, odiosos e perigosos". A decisão judicial teve fim apenas em 2024, e o cantor e a marca chegaram em um acordo descrito como “amigável”.

Uma das colaborações próximas mais valiosas de Ye, a Balenciaga, casa de alta-costura também rompeu o contrato com o rapper em 2022. Adidas e Baleciaga não foram as únicas, Gap também retirou os produtos da linha Yeezy Gap e a agência de talentos Creative Artists Agency (CAA) dispensou o artista no mesmo ano.

Plataformas como Twitter (agora X) e Instagram suspenderam suas contas diversas vezes por violação das políticas contra discurso de ódio.

A nova onda de polêmicas em 2025

Após um período, Ye voltou a atrair atenção do público em maio de 2025 com o lançamento da faixa "Heil Hitler", que foi rapidamente banida da maioria das plataformas de streaming. Foi essa nova controvérsia que levou ao cancelamento do show em São Paulo, anunciado pelo prefeito Ricardo Nunes.

Nesse ano, o rapper americano também teve seu visto cancelado na Austrália. O ministro do Interior, Tony Burke, fez uma declaração pública explicando que as autoridades o revisaram novamente após o lançamento da música.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria

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