Após um ano de reclusão criativa e intensa reformulação, a influenciadora, cantora, empresária e influencer com mais de 30 milhões de seguidores Vivi Wanderley, encerra o ciclo de expectativas com o lançamento de seu primeiro EP autoral, "VIVI". O projeto de seis faixas foi lançado nesta semana. No álbum, ela fala sobre maturidade e autenticidade, unindo o pop, R&B, Bossa Nova e funk.

A escolha do nome não é mera casualidade; é uma decisão estratégica que posiciona a artista como dona de sua própria narrativa. "Eu pensei muito sobre o nome desse primeiro EP, e decidi trazer o meu nome mesmo, VIVI, pois essa é uma apresentação sobre quem eu sou, uma resposta sobre o que falam de mim, onde canto também sobre meus amores e trago as minhas referências e gostos na música", explica a cantora. 

Ela conta como é ser questionada sobre o talento. "Às vezes, a pessoa não me conhece, não sabe do que eu realmente gosto, quais são minhas paixões, às vezes só vê um tweet ou um post e tira conclusões precipitadas. Mas eu entendo e acho saudável as pessoas quererem saber se eu realmente canto, mas tá tudo bem. O EP é justamente para mostrar isso", garante.

"Eu tô estudando, quero evoluir cada vez mais, abraçar minhas minhas inseguranças, minhas raízes, tudo. Acho muito importante eu transmitir verdade e nesse tempo muita verdade sobre quem sou eu, sentimentalmente, por dentro. Por isso que eu acho que demorou tanto tempo para sair", avalia.

Inspirações

O trabalho começa com um soco sarcástico no status quo: "Pobre Menina Rica". A faixa, que faz referência à clássica "Alô, Alô, Marciano", é a forma que a cantora encontrou para ironizar o estereótipo de "menina de família rica e proprietária de uma ilha" que o público atribuiu a ela.

"A minha intenção foi gerar essa essa conexão com algo que é atemporal, como são as músicas da Elis mesmo e trazer essa nostalgia para os dias atuais. E nesse tempo eu quis muito trazer uma sensação de conexão, liberdade, nostalgia, que eu acho que é o principal, ironia, trazer essa questão das relações falhas, que nem todo mundo passa, situações que todo mundo já passou", conta. 

A reflexão sobre a vida sob os holofotes se aprofunda na faixa "Aquário", que encerra o EP com um pop nostálgico. A canção usa a metáfora das redes sociais, onde as pessoas observam a vida da artista através de "paredes de vidro".

O Poder do R&B e as Parcerias de Destaque

 O amadurecimento de VIVI se traduz na força de seu R&B, especialmente nas colaborações:

  • "Noites em Miami" (feat. Luccas Carlos): Uma envolvente faixa de R&B que trata do recomeço após um relacionamento conturbado, baseada em uma vivência pessoal da artista.

  • "Literalmente" (feat. Gaab): Também no R&B, a música narra a intensidade e o impacto emocional de um caso efêmero, que a deixou "arrasada quando a idealização passou".

Para a pista de dança, "Boneca" (feat. MC Luuky) aposta no funk paulista. "É uma música mais dançante, que é uma música mais sensual. Um funk paulista que eu também quis trazer. Eu já fiz em outros projetos meus o MTG, que é o funk de Minas. E eu quis trazer esse momento que eu tô morando em São Paulo para um funk de São Paulo, que é o que eu tô curtindo nas baladas aqui", afirma.

Já a faixa "Banquete" trata de estereótipos masculinos em relacionamentos de forma lúdica. A identidade visual do projeto é tão forte quanto a sonora, e foi filmada em um local de grande valor pessoal: a ilha da família de VIVI, em Angra dos Reis (RJ). Os visualizers adotam uma estética retrô e vintage, reforçando o tom afetivo do trabalho.

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"O pessoal sempre teve muita curiosidade de saber o que tinha lá e tal. E aí eu quis, justamente, trazer as minhas vivências ali pra dentro", diz. A direção criativa do projeto é assinada pela própria artista, em parceria com a Mynd.

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