Música

Concerto destaca a música espanhola de Joaquin Turina e Manuel de Falla

Apresentação da Sinfônica, nesta terça (21/10), será regida pelo espanhol José María Moreno Valiente. Pianista Marilia Caputo abre a noite, com Beethoven

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A temporada 2025 da série de concertos do Minas Tênis Clube chega ao final nesta terça-feira (21/10), às 20h30, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, com apresentação da Sinfônica mineira, sob regência do maestro espanhol José María Moreno Valiente, contando com a pianista paraense Marilia Caputo como solista convidada.

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O concerto “Espanha esplendorosa” dá destaque à música do país ibérico. O programa inclui “Danzas fantásticas”, de Joaquin Turina, e duas suítes do balé “El sombrero de tres picos”, de Manuel de Falla.

Abre a noite o “Concerto nº 3 para piano e orquestra em dó menor, op. 37”, de Beethoven, a cargo da solista convidada. Pela primeira vez dividindo o palco com a Sinfônica de Minas, Marília Caputo diz que se trata de uma obra importante do repertório para o instrumento.


“O primeiro movimento é bem dramático, com uma tonalidade em dó menor. O segundo movimento é como se fosse uma oração, bem íntimo, transcendente. O terceiro é uma grande brincadeira, um rondó, como se Beethoven tivesse superado todas as dificuldades e conseguisse rir das limitações humanas”, destaca.

Pianista Marilia Caputo sorri para a câmera
Pianista Marilia Caputo destaca a importância da peça de Beethoven que ela vai apresentar em BH Acervo pessoal


Outra característica é a dinâmica que o compositor alemão propõe entre o solista e a orquestra. “É quase como se fosse uma sinfonia para piano e orquestra, porque a relação entre o conjunto e o solista é muito importante. A orquestra não está meramente acompanhando”, explica Marília.


De acordo com ela, o principal desafio que a obra impõe é a expressividade. “O solista precisa estar muito atento à dramaturgia da peça para poder transmiti-la ao público. Claro que tem desafios técnicos, mas também eles estão ligados à dramaturgia, então o importante é realmente saber como transmitir”, salienta.

Tradição europeia

O maestro Valiente chama a atenção para o fato de que o “Concerto nº 3” de Beethoven coloca, pela primeira vez, a orquestra e o solista em nível de igualdade ao longo de toda a composição. “A grandiosidade desta obra por si só justifica sua inclusão em qualquer concerto, mas colocá-la ao lado de obras espanholas nos permite mostrar uma evolução que conecta a tradição clássica europeia com as peculiaridades da música espanhola do século 20”, diz.


Ele destaca a cor, o ritmo e a inspiração popular como elementos proeminentes nas composições de Turina e De Falla. Inspiradas em romance de José Más e compostas em 1919, as três “Danzas fantásticas” fundem elementos da região da Andaluzia com harmonias impressionistas e influências francesas.


Já as suítes nº 1 e 2 do balé “El sombrero de tres picos”, que estreou em 1919, misturam ritmos flamencos e melodias folclóricas. São consideradas obras-primas da música espanhola moderna.


Diretora artística da série de concertos, Celina Szrvinsk diz que as “Danzas fantásticas” e “El sombrero de tres picos” estabelecem um diálogo fundamental baseado no profundo mergulho no nacionalismo musical espanhol.


Ela observa que, além de contemporâneos, Turina e De Falla eram amigos. “Eles compartilhavam o interesse em usar o folclore e os ritmos tradicionais espanhóis como base para sua linguagem musical moderna”, destaca.


Dança

O cerne do diálogo entre as duas obras está na dança. Embora não sejam músicas de balé, as três “Danzas fantásticas” (“Exaltación”, “Ensueño” e “Orgía”) exploram, cada uma, um ritmo de dança espanhola característico, explica Celina. Já “El sombrero de tres picos” incorpora explicitamente várias danças folclóricas.


José María Valiente observa que Turina e De Falla figuram entre os maiores expoentes do nacionalismo musical espanhol do século 20. “Ambos são fortemente influenciados pelo impressionismo francês e por compositores como Debussy e Ravel, mas, ao mesmo tempo, foram capazes de nos oferecer uma abordagem orquestral nova e surpreendente, com cores muito características da Espanha. Graças a eles, a música espanhola alcançou reconhecimento internacional que perdura até hoje”, conclui.


“ESPANHA ESPLENDOROSA”


Concerto com Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob regência de José María Moreno Valiente. Abertura: pianista Marilia Caputo. Nesta terça-feira (21/10), às 20h30, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda na bilheteria e na plataforma Sympla.

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