Ator, diretor e professor, Jefferson da Fonseca presidente a FAOP há três anos -  (crédito: Secult/Divulgação)

Ator, diretor e professor, Jefferson da Fonseca presidente a FAOP há três anos

crédito: Secult/Divulgação

Reviravolta no caso da gestão do BDMG Cultural. Empossado em 3/5 para presidir o braço cultural do Banco BDMG, Jefferson da Fonseca renunciou ao cargo. Os funcionários da instituição receberam na manhã desta quarta (15/5) apenas um comunicado sobre a saída de cena, que teria ocorrido por meio de uma carta enviada pelo gestor ao Conselho de Administração do banco.

 


Desta maneira, o BDMG Cultural está sendo presidido interinamente pela diretora financeira Larissa D’Arc, que estava à frente da instituição antes da chegada de Fonseca. A renúncia aconteceu poucos dias depois de o gestor ter sido questionado pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Na quinta (9/5), durante a audiência pública na sede do legislativo, Fonseca permaneceu calado em alguns momentos, pois não soube responder às questões levantadas pelos deputados.

 


“Eu acho preocupante, do ponto de vista de biografia mesmo, que você esteja disposto a ocupar esse cargo, receber o título de liquidante, sem saber qual o motivo da dissolução do BDMG Cultural, qual foi o estudo feito para fechar, quais são os planos do governo para o patrimônio e para os trabalhadores (da instituição)... Como você vai fazer um plano de dissolução do BDMG Cultural se você não tem as respostas sobre o que o governo entendeu como problema?”, questionou a deputada Lohanna (PV), vice-presidente da Comissão de Cultura da ALMG.

 


O imbróglio sobre o BDMG Cultural teve início em abril. Em 24/4 os 13 funcionários receberam o seguinte aviso: “O Conselho de Administração determinou que seja iniciada a transição para promover a dissolução do Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG Cultural.”

 


No dia seguinte (25/4), em entrevista ao Estado de Minas, Fonseca confirmou que assumiria a instituição criada em 1988, por meio da FAOP, órgão que integra a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).

 


Disse ainda que o BDMG Cultural não seria dissolvido e que o Banco BDMG continuaria fazendo aportes para a instituição. “A gente está trabalhando para garantir absolutamente todas as ações e todos os programas do BDMG Cultural”, afirmou ao EM.

 


Toda a questão sobre a gestão do espaço e o próprio futuro da instituição ocorreu dias antes de uma de suas principais realizações. Entre 24 e 26/5 será realizado, no Teatro Sesiminas, a 23ª edição do Prêmio BDMG Instrumental. O evento está confirmado e sua realização será por meio de recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 


Procurada, a assessoria da FAOP afirmou apenas que o assunto agora é do Governo de Minas. Também procurada pela reportagem por meio da sua assessoria, a Secult afirmou que o assunto deverá ser tratado com o Banco BDMG. Já a assessoria da instituição financeira, por e-mail enviado à reportagem, apenas reproduziu o comunicado que os funcionários do BDMG Cultural receberam na manhã de ontem informando da renúncia de Fonseca e da interinidade de Larissa D'Arc "até a nomeação de novo diretor presidente".