Produção em seis episódios é exibida pelo GNT e pelo Globoplay, com novos capítulos divulgados sempre aos domingos -  (crédito: GNT/Divulgação)

Produção em seis episódios é exibida pelo GNT e pelo Globoplay, com novos capítulos divulgados sempre aos domingos

crédito: GNT/Divulgação

 

Logo na abertura do primeiro episódio, a narradora destaca que o grupo religioso que caminha para ser o maior do país é “diverso e múltiplo”. E é exatamente isso que a série “Evangélicos”, atração do GNT e Globoplay, mostra ao apresentar as diversas e múltiplas formas de fé entre cristãos no Brasil.


Em seis episódios, a série conta a história de seis cristãos de diferentes igrejas, cidades, profissões e formas de cultuar a Deus.

 


Entre os protagonistas estão uma dentista de Goiânia, um ator da periferia de São Paulo e uma ambientalista do Acre. São de igrejas reformadas, pentecostais ou progressistas e vivem uma realidade social completamente diferente uns dos outros.


O diretor e roteirista de “Evangélicos”, Alberto Renault, explica que os personagens e as histórias contadas são resultado de uma encomenda feita ao antropólogo Juliano Spyer, que fez a consultoria da série.

 

Leia também: "Evidências do amor" é uma comédia romântica que cumpre o que promete

 

Segundo Spyer, a série não trata os cristãos como uma “figura estranha”, como as produções que mostram o “mundo animal”, mas os apresenta como eles realmente são, o que pode fazer com que muitos se perguntem: “Pode crente desse tipo?”. Ou algo como “se evangélico é isso, eu posso ser também”, disse.


“É uma variedade (de cristãos) tal qual a variedade humana”, diz Renault, que percebe “a forte presença da Bíblia” como o “traço comum” entre todos os protagonistas. E o resultado, segundo o diretor, é uma forma de “olhar para um mundo que pouco se olha”.


Desafio e curiosidade


Renault, que é ateu, disse que a série partiu de um convite do GNT que ele aceitou como desafio e com a curiosidade de um documentarista “que tem muito mais interesse naquilo que não conhece do que naquilo que já sabe”.


O diretor admite que o termo “evangélico” foi contaminado e estigmatizado por questões políticas, porém, preferiu não abordar esse aspecto no documentário. O que ele pretende, diz, é mostrar uma visão humanista da religião: o que é a fé para aquela pessoa, como ela se relaciona com Deus, o que significa orar e como isso tudo se insere na vida dela.


“Estou contando a vida de uma pessoa e não o que ela acha daquilo (política). É uma biografia. Se não, falaria com antropólogos e pastores. Mas falei com fiéis”, diz. A exceção é o pastor Kleber Lucas, um dos protagonistas.


“Evangélicos” mostra um pouco além da fé cotidiana de seus protagonistas e das pessoas que os cercam. No episódio em que conta a história do ator e pastor Guii Augusto, por exemplo, ficou claro como parte dos cristãos quer se mostrar ao mundo também como ativistas sociais.


Guii é o protagonista do musical “Luther King”, sobre o pastor norte-americano e ativista de direitos humanos, e pastor da igreja Somos Betel, em Osasco. Luta contra o racismo tanto por meio da arte como na liturgia da sua igreja. (Regiane Soares)

 

“EVANGÉLICOS”
• Série em seis episódios. Os dois primeiros estão disponíveis no GNT e no Globoplay. Dois novos episódios por domingo, sempre às 23h.