Cartunista Ziraldo, durante visita ao Jornal Correio Brasiliense, em 2016 -  (crédito: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)

Cartunista Ziraldo, durante visita ao Jornal Correio Brasiliense, em 2016

crédito: André Violatti/Esp. CB/D.A Press

O velório do cartunista, jornalista, chargista, pintor e escritor Ziraldo Alves Pinto, que morreu na tarde de sábado (6/4), aos 91 anos, será realizado neste domingo (7/4), na parte da tarde, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O sepultamento será às 16h30, no Cemitério São João Batista. 

Ziraldo ficou famoso por criar a história do personagem Menino Maluquinho, ainda na década de 1980. Entre outras obras, o escritor se tornou um dos mais aclamados escritores infantis do Brasil. Ziraldo deixa três filhos — Daniela Thomas, Fabrízia Alves Pinto e Antonio Pinto.

Segundo informações da assessoria de imprensa da família do cartunista, Ziraldo morreu por volta das 15h deste sábado. Ele estava em casa e dormia.

De acordo com a Agência Brasil, a família chegou a divulgar na noite de sábado que o velório ocorreria na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), mas, horas depois, soltou um novo comunicado com o novo local. A Associação Brasileira de Imprensa confirmou a mudança de local e anunciou que o velório vai começar a partir das 10h e terminará às 15h.

Carreira ilustre da arte brasileira

Além do popular O menino maluquinho, as obras de Ziraldo permeiam a arte infantil brasileira. O primeiro trabalho de Ziraldo data de 1939 (com apenas 6 anos de idade). Trata-se de um ilustração publicada no jornal A Folha de Minas — onde anos depois, em 1954, passou a comandar uma página de humor.

Formou-se em direito em 1957, na Faculdade de Direito de Minas Gerais. Antes dos sucessos com trabalhos infantis, Ziraldo trabalhou no Jornal do Brasil e O Cruzeiro, com charges políticas.

A Turma do Pererê foi o primeiro trabalho nacional em quadrinhos e mergulhou no folclore brasileiro. O material parou de circular com o advento da ditadura militar em 1964. Cinco anos depois, Ziraldo fundou o periódico O Pasquim — com importante posicionamento político.

Logo após o Ato Institucional Número Cinco (AI-5) da ditadura, em 1968, Ziraldo foi preso.