A expectativa é que 1 milhão de pessoas compareçam à praia de Copacabana para assistir ao final da turnê de Madonna; será a única apresentação na América do Sul -  (crédito: Instagram/Reprodução)

A expectativa é que 1 milhão de pessoas compareçam à praia de Copacabana para assistir ao final da turnê de Madonna; será a única apresentação na América do Sul

crédito: Instagram/Reprodução

 

A partir do anúncio, feito na tarde da última segunda-feira (25/3), confirmando o show de Madonna na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia 4 de maio, a partir das 21h30, com acesso gratuito, começou oficialmente a contagem regressiva dos fãs pelo que se prenuncia como o maior espetáculo da carreira de mais de 40 anos da Rainha do Pop.

 


Extraoficialmente, a expectativa já pairava no ar há cerca de cinco meses, quando, em um dos shows de sua “Celebration tour”, a cantora disse que viria ao Brasil. O giro teve início em 14 de outubro de 2023, na O2 Arena, em Londres – após ter sido adiada devido a uma séria infecção bacteriana que Madonna contraiu no fim de junho –, e chega ao final no Brasil, no que será a única apresentação da turnê na América do Sul.

 

 


Quando foi anunciada, em 17 de janeiro do ano passado, a “Celebration tour” previa 35 shows, em diferentes cidades dos Estados Unidos e da Europa. Dois dias depois, diversas novas datas foram incluídas, em cidades já presentes no roteiro e em outras que passaram a integrar a agenda, elevando para 82 o número total de apresentações.

 


Na abertura geral das vendas, mais de 200 mil pessoas tentaram comprar ingressos para as apresentações em Londres. A fila digital para o show na Holanda chegou a ter quase 30 mil pessoas na espera. Segundo a revista “Billboard”, mais de 600 mil ingressos foram comercializados apenas no primeiro dia, com 35 dos 51 shows programados até aquela data com lotação esgotada.

 


A procura massiva se justifica pela proposta ambiciosa do projeto. Desde seu esboço inicial, a turnê, 12ª da carreira de Madonna, é considerada a maior produção de sua trajetória, contando com canções de todas as fases da carreira – já que tem um caráter comemorativo por suas quatro décadas de atividade e não se presta, portanto, à promoção de um álbum específico. A expectativa é de que mais de 1 milhão de pessoas compareçam ao show em Copacabana.

 

 


Responsável pela negociação que resultou na escolha do Rio de Janeiro como última parada da “Celebration tour”, o produtor Luiz Oscar Niemeyer destacou, na coletiva de anúncio do show, que o evento terá estrutura equivalente à do réveillon realizado na praia carioca, com a rede hoteleira cheia e com um esquema parecido com o que foi montado para a apresentação dos Rolling Stones naquele mesmo local, em 2006.

 

Apelo da grandiosidade

 

“Conversamos sobre várias possibilidades e chegamos a este modelo de show (na praia), que é um modelo bem-sucedido e que entendemos que seria legal para apresentar a ela. Não bastava convidá-la, a gente tinha que ter um diferencial que despertasse o interesse, além do show. Isso sem dúvida foi o que encantou Madonna, essa grandiosidade toda”, disse. A apresentação, de aproximadamente duas horas de duração, terá transmissão ao vivo pela Globo, Multishow e Globoplay.

 


A direção musical da “Celebration tour” é assinada pelo DJ britânico Stuart Price, que já trabalhou com a cantora em outras turnês e produziu seu 10º álbum de estúdio, “Confessions on a dance floor” (2005). O repertório contempla em torno de 30 músicas, agrupadas em cinco diferentes “atos”, que passam por sucessos registrados desde o primeiro disco, “Madonna” (1983), até o mais recente lançamento de estúdio, “Madame X” (2019).

 

 


Muitas músicas incluídas no roteiro estão fora de suas turnês há anos, como “Justify my love”, “Live to tell” e “Nothing really matters”. A faixa “Faz gostoso”, registrada em “Madame X”, não esteve, até o momento, incluída no repertório, mas é aposta certa para a apresentação em Copacabana. Na gravação, a cantora faz um dueto com Anitta. A participação da cantora brasileira no show de Madonna, contudo, ainda não foi além da especulação.

 


Em 24 de junho do ano passado, a pouco mais de duas semanas da estreia da “Celebration tour”, Madonna pegou todos de surpresa com uma internação às pressas com um quadro de infecção bacteriana. Ela foi encontrada desacordada em sua casa e, levada ao hospital, foi para a UTI e chegou a ser entubada, conforme noticiou o “The New York Times”. Após receber alta, cinco dias depois, a artista continuou o processo de recuperação em seu apartamento em Nova York. Os ensaios foram retomados em agosto.

 


Uma coincidência algo sinistra amplificou a apreensão dos fãs na época: o Rei do Pop, Michael Jackson, morreu em 2009, às vésperas de iniciar a turnê “This is it”, que marcaria seu retorno aos palcos após um hiato de 12 anos sem turnês. As apresentações programadas para a mesma O2 Arena onde Madonna deu o pontapé inicial na “Celebration tour”, também tinham como mote a celebração de uma data redonda – no caso, seus 50 anos de vida, completados no ano anterior. 

 

A diva no Brasil

 

A bordo da “Celebration tour”, Madonna fará sua quarta passagem pelo Brasil. Em 1993, ela trouxe a turnê “The girlie show”, divulgando o álbum “Erotica”, com apresentações no Morumbi e no Maracanã.

 

A artista voltou em 2008, com a turnê “Sticky & sweet tour”, do disco “Hard candy”, novamente para os mesmos palcos, porém com mais datas – duas em São Paulo e três no Rio. Em 2012, com a turnê do álbum “MDNA”, ela fez dois shows no Morumbi, um no Parque dos Atletas, no Rio, e outro em Porto Alegre, no Estádio Olímpico.

 

O maior público no Brasil foi em 1993, quando reuniu 120 mil pessoas no Maracanã. O recorde de público da cantora (até aqui) são 126 mil pessoas em 1990, no Estádio de Wembley, em Londres, com sua “Blond ambition tour”. O show em Copacabana deve quebrá-lo.