Júpiter (Thiago Martins), Andrômeda (Ramile), Vênus (Nathalia Dill), Plutão (Isacque Lopes) e Electra (Juliana Paiva) são irmãos por parte de pai, e as mães não se bicam -  (crédito: Manoella Mello/divulgação)

Júpiter (Thiago Martins), Andrômeda (Ramile), Vênus (Nathalia Dill), Plutão (Isacque Lopes) e Electra (Juliana Paiva) são irmãos por parte de pai, e as mães não se bicam

crédito: Manoella Mello/divulgação

Rio de Janeiro – Quatro anos depois de sua novela mais recente, "Salve-se quem puder", exibida às 19h, na Globo, Daniel Ortiz está de volta com “Família é tudo”, a partir desta segunda-feira (4/3), na mesma faixa de horário na emissora carioca.


Ortiz conta que queria fazer uma novela sobre conflitos familiares, sem deixar de lado a comédia e a leveza. "Nos últimos sete anos, houve tanta briga familiar por causa de política, ouvi tantas histórias de amigos dizendo que fulano não falava com os pais, que pensei em uma novela mostrando a importância da união familiar", afirmou durante coletiva na cidade cenográfica de "Família é tudo", nos Estúdios Globo.


A história começa com emoção a partir da morte de Pedro (Paulo Tiefenthaler), pai de Vênus (Nathalia Dill), Júpiter (Thiago Martins), Andrômeda (Ramille), Electra (Juliana Paiva) e Plutão (Isacque Lopes), que são irmãos apenas por parte de pai e as mães não se bicam.


O caldo começa a engrossar na leitura do testamento de Frida, irmã gêmea de Catarina (Arlete Salles), mãe de Pedro, que desapareceu durante um cruzeiro. No documento, fica claro que embolsar o dinheiro da vovó não será tão fácil assim.


Desafios em cena

Para início de conversa os irmãos, que também têm suas arestas, deverão voltar a morar juntos por um ano e trabalhar na recuperação da empresa da família. Se nada disso der certo, quem embolsará tudo é Hans (Raphael Logam), sobrinho de Frida, filho de Catarina.


No bate papo, Ortiz revelou que quando começa um novo trabalho, o anterior é completamente deletado. "É engraçado que eu meio que apago tudo da cabeça. Começar outro projeto é um processo.” Para o autor, as preocupações giram em torno de onde vai tirar sua inspiração, qual a melhor história a ser contada. “Claro que a experiência tira um pouco da ansiedade", afirmou.


Se em "Salve-se quem puder", Ortiz enfrentou problemas causados pela pandemia como a interrupção da novela após a exibição de 54 capítulos, que só foi retomada um ano mais tarde, o desafio agora é outro. "Tenho cinco protagonistas e tenho que dividir a tensão nos capítulos por cinco, Tem que criar ação para os cinco em todos os capítulos. Será mais trabalhoso."


DNA mineiro

Durante a coletiva boa parte do elenco foi unânime em elogiar o trabalho do mineiro Fred Mayrink, que assina a direção da novela. Arlete Salles, que interpreta as gêmeas, faz seu primeiro trabalho com o mineiro. "Estou vivendo um encontro feliz com o Fred. Ele é sonho de qualquer ator. É um homem educado, doce, confiante", elogiou.


Grace Gianoukas, que faz a Leda, mãe de Júpiter, considera o diretor como seu passaporte para a emissora carioca. "Fiz um teste com ele para fazer 'Haja coração', passei e descobri as maravilhas que é trabalhar com Fred, um diretor extremamente compreensivo, criativo, ele não força a comédia, ele constrói cenas engraçadas e ele sabe tudo de televisão."


Para Fred, toda novela é uma grande aposta, não só de produção, mas sobre emoção. "Como é que a emoção que estamos fazendo aqui chega para o Brasil. Como é que codifica essa história do Daniel (Ortiz), a transforma em imagem e essa imagem vai tocar as pessoas em casa", questiona.


Confiante no sucesso da novela, Fred define “Família é tudo” como uma novela que traz a comédia, mas, de maneira sutil, fala das relações. "Você não tem nenhum tipo de vilania pesada. Acho que esses lugares de alguma maneira se conectam com o público e as pessoas por essa quantidade de personagens de histórias também vão se ver dentro da nossa história."

* O repórter viajou a convite da Rede Globo