Sombrinha diz que disco tem samba, bolero, baião e a música de protesto de Gonzaguinha
 -  (crédito: Paulo Pereira/divulgação)

Sombrinha diz que disco tem samba, bolero, baião e a música de protesto de Gonzaguinha

crédito: Paulo Pereira/divulgação

 

A ideia de um disco em homenagem a Gonzaguinha (1945-1991) partiu do produtor Jair Netto, com o aval de Carlinhos 7 Cordas, ex-integrante das bandas de Marquinhos Satã e Beth Carvalho. Sombrinha, um dos fundadores do Grupo Fundo de Quintal e expoente do samba, topou na hora. Gravou “Viver Gonzaguinha – Os sambas do Morro de São Carlos” (Sesc) com vários convidados: Criolo, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Martinho da Vila, Vidal Assis, Yvison Pessoa e Larissa Luz.

 

“Aceitei, porque Gonzaguinha é um grande compositor. Estávamos na pandemia e acabei fazendo algo diferente do habitual. Fomos para o estúdio no Rio de Janeiro e gravamos cuidadosamente, como tinha que ser. Agora estamos lançando o álbum, depois de três anos”, diz Sombrinha.


“Música dolente”

 

O produtor Jair Netto ressalta que elementos do samba estão muito presentes na obra de Gonzaguinha, mas Sombrinha destaca que o álbum tem bolero e baião, “além da música dolente dele e da música de protesto”.

 

 

O repertório traz “Recado”, com participação de Zélia Duncan; “Lindo lago do amor”, com Criolo; “O que é o que é”, com Larissa Luz; “Pá-Nela”, com Martinho da Vila. “Bom dia” traz Sombrinha com Criolo, Elba Ramalho, Larissa Luz, Martinho da Vila, Vidal Assis, Yvison Pessoa e Zélia Duncan.

 

Os clássicos “Comportamento geral”, “Começaria tudo outra vez”, “Com a perna no mundo” e “Espere por mim morena” também fazem parte do disco.

 

Sombrinha conta que deseja fazer álbuns dedicados às obras de Chico Buarque, Paulinho da Viola e Elton Medeiros. “Por enquanto, isso está apenas na minha ideia. Com o Arlindo Cruz, acho que não precisa, pois gravamos muitas coisas juntos, mas quem sabe o Almir Guineto? E o Paulinho da Viola, que tem coisa à beça para ser gravada. O grande público precisa tomar conhecimento dos grandes clássicos”, defende o fundador do Fundo de Quintal.

 

“Com essa história de streaming, o cara abraça rápido, pois as músicas não têm idade quando estão rodando nas plataformas digitais. A pessoa faz a play list e não quer nem saber quando as canções foram compostas. Simplesmente gosta e pronto, coloca logo na lista das preferidas”, observa.

 

Em breve, o artista deve entrar em estúdio para gravar seu álbum autoral. “Já estou com todas as músicas prontas, a maioria delas inédita. Em minha carreira, devo ter composto umas 800 músicas – gravadas, são umas 400. Cada vez mais, fica difícil compor, porque a gente já fez tanta coisa... É preciso tomar cuidado para não ficar repetitivo”, diz.

 

“VIVER GONZAGUINHA”


>> Disco de Sombrinha e convidados
>> Selo Sesc
>> 14 faixas
>> Disponível nas plataformas digitais