Emma Corrin, que viveu Lady Di em

Emma Corrin, que viveu Lady Di em "The crown", contracena com Harris Dickinson, de "Triângulo da tristeza", na produção; último capítulo será liberado na próxima terça

crédito: STAR/DIVULGAÇÃO

Brit Marling é a atriz e roteirista americana que, no final de 2016, virou sensação por causa da série "The OA", criada e protagonizada por ela. Lançada pela Netflix, é um sci-fi sobre uma garota cega que desaparece e retorna, sete anos mais tarde, sem nenhum problema de visão. Teve gente que amou, gente que odiou, gente que não entendeu lhufas, mas a primeira temporada foi um pequeno fenômeno.

Veio a segunda, só em 2019, e depois a plataforma cancelou a série. Marling retornou agora, com seu parceiro de "The OA", Zal Batmanglij, cocriador, com ela, de "Assassinato no fim do mundo". Lançado nos EUA pelo FX, chegou aqui via Star+, que está exibindo a produção semanalmente. O último episódio estreia na próxima terça (19/12).

Não é sci-fi, mas o clima está quase lá, já que o grande tema é a inteligência artificial. É uma história à la Agatha Christie, em que o detetive Poirot é uma jovem hacker da geração Z com uma paixão por true crime. Marling está novamente no elenco, em um papel importante, mas sem o protagonismo da série anterior.

Aqui, quem manda é Emma Corrin, que o mundo conheceu como a primeira versão de Lady Di em "The crown". Está quase irreconhecível, de cabelo rosa, roupas que já viram melhores dias e um olhar quase sempre triste (por vezes, lembra Jodie Foster no início da carreira).

Ela é Darby Hart, filha de um médico legista que convive com cadáveres desde a infância nos rincões de Iowa. O elenco ainda traz bons nomes, como Harris Dickinson, do filme "Triângulo da tristeza", Alice Braga e Clive Owen.

A narrativa segue duas linhas temporais. No tempo presente, acompanha Darby, uma super hacker que é convidada para um retiro ultrassecreto criado por Andy Ronson (Owen). Este é uma mistura de Jeff Bezos e Elon Musk, com um poder acima de qualquer governante. É casado com Lee (Brit Marling), a hacker das hackers, que, após um acontecimento, desapareceu do mundo virtual.


ENCONTRO COM O EX

Neste retiro, num hotel num lugar perdido da Islândia, Andy reúne vários bambambãs de diversas áreas da tecnologia. Darby, assim que chega ao hotel, não entende o que foi fazer ali. Sente-se mal quando encontra seu ex-namorado, Bill Farrah (Dickinson), um Banksy idolatrado por todos. Os dois não se viam há anos, desde que ele a abandonou, depois de investigarem um caso.

Aí a história começa a aparecer no tempo passado, quando Darby e Bill, dois jovens que se conheceram num fórum da internet, saem numa road trip pelos EUA para encontrar um serial killer. Tudo isso está no romance que Darby lançou recentemente, que vem fazendo certo sucesso entre os fãs do gênero.

Voltando ao presente, logo na primeira noite, ocorre uma morte. Andy diz que foi acidente, e Darby acredita piamente em assassinato. E há uma segunda morte, uma terceira. O clima vai se fechando no local, e logo fica claro que o tal retiro para discutir os destinos do mundo é a maior arapuca.

Correndo sempre em paralelo, as duas narrativas vão convergindo aos poucos. Tem muito coelho na cartola, algumas situações inverossímeis, grandes temas da atualidade (relação abusiva, crise climática e IA). A conferir se, como nos romances de Agatha Christie, "Assassinato no fim do mundo" vai conseguir fazer sentido, quando o verdadeiro criminoso se revelar.


“ASSASSINATO NO FIM DO MUNDO”
• Série em sete episódios. O último estreia na próxima terça (19/12), no Star+