Tive e tenho meus ídolos no futebol, o maior deles Zico, amigo de longa data. Claro que quando garoto, tive a curiosidade de conhecê-lo, mas, nunca fui histérico, como vejo a juventude de hoje ser. Todos temos ídolos na música, na política, no futebol, no mundo, aliás, no Brasil, estamos carentes nos três quesitos. Dizem que o tal Neymar é ídolo. Ele causou grande histeria quando o Santos chegou ao hotel, em BH, para enfrentar o Cruzeiro. Que loucura! Um cara que nunca foi exemplo de nada, que vive enfiado em confusões, em colunas de fofocas, em redes sociais, que dentro de campo, exceto no começo da carreira, jamais encantou alguém, que ficou tantos anos sem jogar, somados o tempo em que esteve ausente dos gramados. Esse é o ídolo da parte da torcida brasileira carente de craques?

Realmente o Brasil é um país que não deu certo. Não forma, no futebol, homens, caráter, exemplos. No passado, os grandes gênios tinham preocupação com a imagem, para servir de grande exemplo aos jovens. Hoje, querem estar em festas com mulheres contratadas, em baladas e até mesmo em bailes funks, nos morros e favelas, cercados por traficantes, que exibem seus fuzis sem o menor pudor. Como a maioria deles saiu de classes menos favorecidas e conviveram de perto com o crime, acham tudo normal, quando, na verdade, isso não é nada normal. É imoral e criminoso.

Vejo jogadores convivendo com seus amigos na favela em que nasceram, no Rio de Janeiro. Até aí, tudo bem. O que não pode é misturar as marchas e se associar ao crime. Temos vários exemplos de pagodeiros, como o tal Belo, que ficou trancafiado por 4 anos, ou vocês se esqueceram? Hoje, roda o Brasil fazendo shows e é recebido na TV Globo como celebridade. Para mim, é um ex-presidiário e nunca passará disso.

 

No futebol, temos casos de jogadores agredindo mulheres, com amantes, expondo a família. Tem jogadores que acham que podem tudo. Saem das páginas esportivas para as policiais sem o menor constrangimento. Nossos filhos, que estão inseridos nessa nova geração, precisam ter cuidado e separar o joio do trigo. Alex (talento) é um exemplo de pai, de marido, de família e de caráter, assim como outros jogadores. Zico é casado até hoje com a Sandra, namorada da época do colégio, amor de verdade. Hoje, a maioria casa achando que a mulher ama, quando na verdade ela ama mesmo é o dinheiro e o “status”. Conheço alguns que viveram fama e fortuna, mas bastou quebrarem, financeiramente, e a mulher foi a primeira a dar no pé!

Outro dia um amigo me perguntou: “Jaeci, você gosta do Brasil”? Com a minha sinceridade e sem demagogia, respondi: Não gosto do Brasil. Gosto de Minas Gerais e de BH, pois temos no nosso Estado e na nossa Cidade os melhores gestores, polícias civil, militar e federal do mais alto nível, um Ministério Público exemplar e um povo bastante acolhedor. Eu amei o Brasil nas décadas de 1960, 1970 e começo dos anos 1980. Daí pra frente, nos tornamos o país da corrupção, da bandidagem, de falcatruas, de políticos ladrões, de roubo do dinheiro da merenda escolar, de ambulâncias, leitos e tudo o mais. Golpes e mais golpes.

Como pode alguém devolver bilhões roubados e estar solto, como o tal Sérgio Cabral, tirando onda nas redes sociais, condenado a 400 anos de cadeia? Sejamos sinceros, como amar um país que te bate todos os dias e mata de fome milhões de brasileiros, cobra impostos da Suíça e dá os benesses da África? Eu amei um outro Brasil e quem é da minha geração – estou com 65 anos – sabe muito bem do que estou falando. O Brasil é considerado um dos países mais corruptos e violentos do mundo.

Voltando ao futebol, ele está inserido nessa sociedade corrompida, onde jogadores são acusados de manipular cartões para favorecer familiares e amigos. Violência entre facções que comandam as chamadas “torcidas organizadas”, desrespeito aos cidadãos de bem, que realmente gostam do time, pagam ingresso e torcem sem querer nada em troca. Jogadores se digladiando em redes sociais, alguns homofóbicos, se maquiando após um gol diante da torcida adversária. Presidentes de clubes usando cartões corporativos em benefício próprio, sendo expulsos dos clubes, sofrendo impeachment, como Augusto Melo, chutado do Corinthians com um pé na bunda. Enfim, que geração é essa, que ídolos são esses que não dão exemplo de caráter e dignidade?

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Repito a frase do gênio, Renato Russo, que na década de 80 fez a música cujo refrão está atual até hoje: “que país é esse”? Eu já me desiludi há tempos, principalmente quando vejo inocentes presos por protestar contra a corrupção e políticos ladrões, confessos, soltos, tomando os vinhos mais caros do mundo com o dinheiro roubado. Não tenho ídolos no futebol, na política, na música. Meus ídolos são médicos, professores, policiais, gente que educa, salva vidas e protege o cidadão de bem. Graças a Deus, aqui em casa, meus filhos são educados para valorizar a vida, as pessoas de bem, e não para reverenciar Neymar e cia. Por quê, ao invés de ir para a porta do hotel, idolatrar quem não merece, vocês não vão ajudar seus pais. Lavem uma louça, varram a casa, cuidem dos seus pais, eles sim, seus verdadeiros ídolos. Definitivamente, o Brasil não deu certo. A verdade dói!

 

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