

Brasil venceu, mas ainda há problemas
Não posso deixar de criticar o goleiro Alisson, que não pega uma bola difícil. Danilo, um dos piores laterais da história
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Alguns dos milhares de seguidores no meu canal de YouTube, neste espaço e no meu Instagram, jaecicarvalhooficial, alegam que sou duro nas críticas à Seleção Brasileira. Ora, meus amigos e minhas amigas, eu cubro o escrete canarinho desde 1986, quando trabalhava na TV Globo. Na Toca da Raposa, convivi com meus maiores ídolos, hoje amigos, como Zico, Falcão, Éder, Reinaldo, Cerezo e tantas outras feras. Depois veio a outra belíssima geração de Romário e Bebeto, e, por fim, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. Esses jogadores já sofreram críticas, também, pois ninguém fica no auge o tempo todo, mas são vencedores. Mesmo a seleção de 1982, considerada entre as três melhores da história, que não ganhou o Mundial, tem o respeito mundial. Não é apenas sobre perder ou ganhar, é sobre comportamento, comprometimento, coisa que as gerações de 2010 para cá não tiveram.
Volta e meia, a gente ouve insinuações de que quem convoca os jogadores são os “empresários”, tamanha a falta de qualidade de alguns convocados. Não posso deixar de criticar o goleiro Alisson, que não pega uma bola difícil. Danilo, um dos piores laterais da história, e, ainda por cima, capitão. Marquinhos e outros engodos.
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Não posso deixar de criticar a convocação da Lucas Paquetá, investigado e denunciado por “suposta corrupção ao levar cartão para favorecer amigos”. É verdade que ele ainda não foi condenado, mas também não foi inocentado. Ele bateu muito mal a primeira penalidade contra o Paraguai, jogou a bola na arquibancada e já houve insinuação e seu respeito. Tirá-lo da Seleção não significaria condená-lo e, sim, preservá-lo. Não o vejo com cabeça para disputar uma competição, vivendo esse drama, que pode até bani-lo do futebol.
Agora se vocês querem que eu seja como os que compram o produto Seleção e o vendem na TV como se fosse o melhor time da história, eu não consigo. Não gosto e não sei mentir. Temos até uma boa geração, comandada por aquele que será eleito o Bola de Ouro e Melhor do Mundo, Vini Júnior. Rodrygo, Endrick e mais uns três ou quatro jogadores de altíssimo nível, mas do meio para trás, temos sérios problemas de organização e qualidade. Nosso meio-campo é fraco, a defesa um horror, salva-se Militão, que para mim é um baita zagueiro. Os laterais são fracos e o goleiro um horror. Ou vocês discordam?
O povo brasileiro não acredita e não gosta da Seleção. Basta vermos a audiência dos vários canais de YouTube, que quando falam dos clubes, vai lá em cima, e quando o assunto é Seleção, a audiência vai lá embaixo. Não há mais interesse, pois o torcedor entende que o time canarinho não nos representa mais. Claro que há os “Pachecões”, que sempre existiram e que exaltam qualquer jogadorzinho, mas a maioria que viu os melhores de todos os tempos, como eu vi e convivi, sabe que é preciso muito mais. Os 7 a 1 nos jogaram na lona e não conseguimos nos levantar mais. Saber que muitos que participaram do maior vexame do esporte mundial ainda atuam no Brasil, ganhando fortunas, é mesmo vergonhoso.
O Brasil ganhou de um dos piores “paraguais” da história, mas, é claro, fez a sua parte e goleou. Era o que esperávamos. Agora, vamos encarar a Colômbia, time mais bem organizado e que está alguns degraus à nossa frente. O empate dará aos colombianos o primeiro lugar do grupo. Não vencemos a fraca Costa Rica, e estamos pagando por aquela péssima atuação. Dorival Júnior está apenas começando seu trabalho, mas ao se tornar refém de Alisson, Danilo e Marquinhos, está deixando a sombra de Tite atormentá-lo. Eu sou a favor dos jovens, para que ganhem experiência na Copa de 2026, e estejam prontos para 2030. Não será com os péssimos jogadores, fracassados de dois mundiais, que iremos ganhar a Copa. Acredito em Vini Júnior, Endrick e Rodrygo, e, se quiser jogar bola, Neymar, com a 10, abastecendo esse ataque. Minha posição continuará sendo crítica, pois de baba-ovo, o mundo do futebol está lotado.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.