Zagueiro Pedrão, vice-Campeão da Copinha com a Raposa, tem potencial para ganhar uma chance de grupo principal
 -  (crédito: STAFF IMAGES/CRUZEIRO)

Zagueiro Pedrão, vice-Campeão da Copinha com a Raposa, tem potencial para ganhar uma chance de grupo principal

crédito: STAFF IMAGES/CRUZEIRO

Vice-campeão da Copinha, a garotada do Cruzeiro mostrou competência e qualidade, jogando, inclusive, melhor que o Corinthians boa parte da decisão. A derrota em nada abalou o trabalho dos meninos, e a torcida pôde enxergar a técnica do goleiro Otávio, dos zagueiros Bruno e Pedrão, do meia Josepher, Tevis, Gui Meira e Fernando, que ficou ausente da final por ter levado o cartão amarelo no jogo da semifinal. São atletas de bom nível que, se trabalhados, poderão dar uma resposta positiva no time de cima. Sempre digo que as divisões da base são feitas para produzir jogadores para os profissionais. Se houver chance de fazer isso e ser campeão, ótimo. O time azul não ganhou o bi da Copinha, mas revelou vários jogadores que deverão ser aproveitados, nesta temporada, no time de cima. Tenho a certeza de que o novo técnico vai olhar com muito carinho para a garotada.

 

Galo continua favoritaço

A derrota do Atlético para a Patrocinense, na estreia do Mineiro, não significa muita coisa para mim. Isso acontece em começo de temporada. Não há dúvidas de que pelo grupo que tem, o Galo vai brigar pela taça como grande favorito. Costumo dizer que para se analisar uma equipe é preciso pelo menos uns oito jogos no Brasileirão para termos uma noção exata do que poderá acontecer. Sem uma pré-temporada ideal – o prazo no Brasil é curto –, os treinadores vão ajustando suas equipes durante os péssimos estaduais e Copa do Brasil. E o alvinegro terminou a temporada em alta, com o terceiro lugar no Brasileirão, numa arrancada sensacional, depois de ficar 11 jogos sem vencer com Felipão. O time é forte, coeso e se conhece há tempos, além da ótima contratação de Gustavo Scarpa, que para o futebol brasileiro tem talento de sobra. Na Europa, fracassou, assim como Gérson, Gabigol e outros brasileiros repatriados.


“Os primos ricos”

Flamengo e Palmeiras são os “primos ricos” do futebol brasileiro, lembrando aquele quadro do programa de Chico Anísio, em que havia o “primo rico e o primo pobre”. As demais equipes estão de pires na mão, com dívidas bilionárias, como o Corinthians, por exemplo, que anda contratando com que dinheiro não sabemos. A irresponsabilidade dos dirigentes é tamanha, pois não há fair play financeiro no nosso futebol. O Flamengo fatura mais de R$ 1 bilhão por ano, e teve um lucro de mais de R$ 300 milhões com vendas de jogadores. Porém, gastou mais de R$ 50 milhões com indenizações a técnicos mal contratados e repatriou Gérson e Cebolinha, que na minha visão são péssimos jogadores. O Palmeiras é mais bem equilibrado, tem um técnico há 3 anos, o melhor do Brasil, o português Abel Ferreira, e uma presidente austera e competente, Leila Pereira. No mais, os outros clubes são devedores, com despesas maiores que receitas e muitas dívidas. É preciso um órgão regulador no futebol brasileiro que não permita contratações para clubes devedores, e que extrapolam o orçamento.

 

Pena pesada

Daniel Alves, preso, acusado de estupro, em Barcelona, já mudou a versão cinco vezes e parece que a defesa vai alegar que ele estava embriagado. Conversei com uma jornalista da Catalunha, que viajava conosco na cobertura da Seleção Brasileira, e ela me disse que a condenação dele é líquida e certa, e só não sabe o tempo da pena. Cogita-se 9 anos, dos quais um ano ele já cumpriu, pela prisão preventiva. Enquanto isso, condenado por estupro na Itália, Robinho continua curtindo a vida nas praias de Santos, e a Justiça brasileira até agora não atendeu o pedido da Italiana para que ele cumpra a pena numa cadeia brasileira. Curioso é saber que Tite, Thiago Silva e Neymar, parças que referendavam Daniel Alves, até hoje estão calados sobre o assunto, e jamais prestaram solidariedade a moça, que alega ter sido estuprada.