A aposta é de que a disputa seria transposta ao segundo turno, onde seria maior a probabilidade de estar o candidato à reeleição Fuad Noman -  (crédito: Ilustração)

A aposta é de que a disputa seria transposta ao segundo turno, onde seria maior a probabilidade de estar o candidato à reeleição Fuad Noman

crédito: Ilustração

O Novo formaliza a candidatura de Luísa Barreto, secretária de Estado de Planejamento e Gestão, à Prefeitura de Belo Horizonte. No processo interno da legenda, também o ex-deputado federal Lucas Gonzalez, atual secretário adjunto no governo estadual, concorria à indicação. Mas este deve ser o vice da chapa. Cada vez mais pulverizada a disputa, os profissionais ainda não estão em campo. Pelo momento observam, estudam o potencial eleitoral das candidaturas, prospectam possibilidades de alianças. À direita, ao centro e à esquerda proliferam nomes que competem pelo mesmo nicho do eleitorado. Se a sucessão de Fuad Noman (PSD) seguir sem lideranças em condições de convergir apoios, a pulverização beneficiará as candidaturas com mais tração na arrancada.

Muitos apostam nessa arrancada que possa diferenciar candidaturas de um balaio de nomes. Seja por recall, como é o caso do senador Carlos Viana, pelo momento ainda no Podemos; seja por vínculo a segmentos coesos do eleitorado, como é o caso do deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PL); seja pela maior presença militância em torno de pautas identitárias, como é o caso da deputada federal Duda Salabert (PDT); seja pela tentativa de ressuscitar identidades partidárias, como é o caso do deputado federal Rogério Correia (PT); seja pela crença que o apoio de Romeu Zema promoverá a exposição de Luísa Barreto.

A aposta é de que, com esse empurrão inicial, a disputa seria transposta ao segundo turno, onde seria maior a probabilidade de estar o candidato à reeleição Fuad Noman. Embora menos conhecido do que a média de ex-prefeitos, Fuad tem a visibilidade do cargo, que tende a crescer até o final da campanha. Tal seria um dos possíveis cenários. Mas os outros, são vários. Um ex-prefeito, como Marcio Lacerda, por seu potencial de arrancada convergiria apoios. Tal é a natureza da expectativa de poder. Por sua popularidade, outro ex-prefeito, como Alexandre Kalil (PSD), ainda que não consiga alavancar ao segundo turno nome pouco conhecido do grande público, como é o caso do ex-secretário da Saúde, Jackson Machado Pinto, causaria estragos na zona de influência eleitoral de Fuad Noman. Isso, no cenário posto em que o atual prefeito já não teria, no primeiro turno, os apoios da esquerda, que por gravidade Kalil conquistou sobretudo no segundo do turno de sua primeira eleição e em sua reeleição.

Outro será o caso, quando o presidente Lula, que tem apreço por Fuad Noman, entrar em campo. Ainda não o fez. De qualquer forma, não apenas Fuad Noman, ao centro, mas também à extrema direita, é autofágica a disputa entre Engler e Viana. Embora nada tenha de radical, Luísa Barreto tangencia esse naco por osmose das companhias do governo de estado. Desse ziguezague no campo bolsonarista, chegou a ser especulada a candidatura do senador Cleitinho (Republicanos), que em breve migrará para o Novo. Mas não progrediu. Ele sonha com o governo de Minas. À esquerda, Bela Gonçalves (Psol), Duda Salabert e Rogério Correia também flanam sobre o mesmo espectro ideológico. As placas estão em movimento. E pelo ritmo, tem razão os mais experientes que costumam afirmar: “Governar é fácil, difícil é ganhar a eleição”.


Entra e sai

Responsável por acompanhar a tramitação de matérias de interesse do governo do estado na Assembleia Legislativa, Samir Carvalho Moysés, subsecretário de Processo Legislativo, deixa o cargo. Entra Vanice Cardoso Ferreira. A subsecretaria de Processo Legislativo está vinculada à Secretaria de Estado de Governo (Segov), chefiada pelo deputado estadual licenciado Gustavo Valadares (PMN).


Vale fica

Pela terceira vez, a Justiça inglesa rejeitou o pedido da Vale para sair do processo de indenização movido por atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. A Vale responde à ação junto com a inglesa BHP. O argumento empregado pela Vale na apelação, foi de que a cláusula de arbitragem que integra o acordo de acionistas relativo à Samarco, autoriza as mineradoras a resolver a questão entre si e não nos tribunais.

Abuso de processo

O juiz David Waksman, da Suprema Corte da Inglaterra, considerou que o argumento da Vale abuso de processo não procede. Indeferiu. Participam da ação, que pede R$ 230 bilhões em indenização, cerca de 720 mil pessoas, instituições e municípios. O caso corre na Justiça inglesa porque a BHP, que com a Vale controla a Samarco, tem sede em Londres.


Injeção de 35 bi

Relator da MP que muda as regras de tributação das subvenções concedidas para atrair empresas ou estimular empreendimentos já existentes, o deputado federal Luiz Fernando (PSD), coordenador da bancada mineira, foi confraternizar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A chamada “MP das subvenções”, que diz respeito aos interesses de cerca de 400 dos maiores empresários do país, aumentará em cerca de R$ 35 bilhões a arrecadação do governo federal. Era uma das prioridades do governo federal para perseguir a meta de déficit zero.


Haddad confiante

Luiz Fernando ouviu o agradecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo empenho para a aprovação da “MP das Subvenções”. O ministro também lhe confidenciou que está confiante em uma solução definitiva para o problema da dívida de Minas com a União.

3 em 10

O presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB), deu nota 6 ao desempenho do governador Romeu Zema neste 2023. “Foi generoso”, rechaça Luiz Fernando Faria. “Dou 3, no máximo. O boletim ficou no vermelho”, critica. “Não foi gestor à altura da importância do estado de Minas. Pagou em dia porque não pagou as parcelas da dívida, que explodiu. Se voltar a pagar vai ser pior do que Pimentel”, afirma Luiz Fernando.


Mobilização permanente

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD) contabiliza apoios para a proposta alternativa apresentada ao governo federal para o RRF. Em reunião com ele no Congresso Nacional, mais de duas dezenas de representantes de sindicados do funcionalismo mineiro, informaram que vão manter a mobilização contrária ao plano de Romeu Zema para o RRF.