x
Anna Marina
Anna Marina
ANNA MARINA

Faltou energia. O que fazer com medicamentos que precisam da geladeira?

Sistema Backup, com bolsas ou caixas térmicas especiais, permite a manutenção de remédios em baixas temperaturas por 12 a 96 horas

Publicidade

Mais lidas


 

Morava no Gutierrez e há pouco mais de um ano me mudei para o Sion. As últimas chuvas que enfrentei no antigo bairro deram uma baita dor de cabeça, porque os transformadores de lá estouravam a torto e a direito. A Cemig era acionada, mas demorava de 12 a 14 horas para nos “devolver” a luz.

 

 

Passei a morar no Sion em meados de dezembro de 2023. Choveu muito naquele mês. Em janeiro, qualquer chuvinha derrubava a energia, que também custava a voltar.

 


Com as fortes chuvas de janeiro e fevereiro deste ano, fiquei esperando a queda de energia, e ela só caiu um dia. Isso chamou a minha atenção para duas coisas. A primeira foi que a concessionária trabalhou rápido e a situação se normalizou em poucas horas.

 

A segunda foi o problema que pacientes enfrentam com a queda de energia, no caso de medicamentos que precisam ficar na geladeira. Exemplo disso é a insulina para diabetes tipo 1.

 


De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, no país há 16,8 milhões de pessoas com a doença – cerca de 560 mil têm o diagnóstico do tipo 1 e necessitam de insulina diariamente.

 


Por se tratar de medicamento biológico – produzido a partir de células vivas –, a insulina lacrada precisa ser mantida refrigerada entre 2°C e 8°C. Quando falta energia, o que fazer?

 


A alternativa é adotar o Sistema Backup, explica Liana Montemor, farmacêutica e diretora técnica do Grupo Polar, que atua em pesquisa e desenvolvimento de soluções para a cadeia fria.

 


“Tenha dentro do freezer gelos específicos para este fim (tipo gel ou em espuma), já congelados devidamente. Esses gelos podem ser encontrados em lojas especializadas em produtos para refrigeração”, informa Liana.

 


“Esses itens têm propriedades exclusivas que garantem a estabilidade na manutenção térmica de produtos de cadeia fria e são indicados para aqueles que requerem tempo e temperaturas controlados, principalmente para a faixa de 2°C a 8°C, como é o caso da insulina”, explica.

 


Quando a energia acabar, a orientação é colocar o medicamento e os gelos no Sistema Backup, que pode ser uma bolsa térmica ou uma caixa térmica. Há bolsas térmicas qualificadas para manter a refrigeração por 12 a 15 horas, enquanto há caixas com prazo de conservação de 72 a 96 horas.

 


Tudo depende de quanto o paciente precisa manter o medicamento dentro da embalagem, com base, principalmente, no histórico de queda de energia da região.

 


“No caso de a área sofrer falta de energia corriqueiramente ou quando a interrupção durar 24 horas ou mais – situação que costuma acontecer quando há chuvas de grandes proporções, com quedas de árvores –, o ideal é ter uma solução que dure mais de 24 horas. O Sistema Backup é o plano B a ser executado quando a geladeira não funcionar”, pontua Liana.

 


“É importante deixar tudo pronto para quando ocorrer a queda de energia. O medicamento deve ser acondicionado em um lugar seguro e qualificado, do ponto de vista térmico”, ensina.
Termômetros ou dispositivos que monitoram a temperatura podem ser utilizados para garantir que o medicamento fique armazenado adequadamente.

 


“Importante ressaltar que o gelo água (produzido em casa, por meio de forminhas) jamais deve ser utilizado, devido ao risco inerente de congelamento do medicamento”, frisa Liana.

 


O gelo artificial não pode encostar diretamente no frasco, sob o risco de congelar a insulina. “Por isso, é importante ter caixas e bolsas térmicas que contenham tais instruções e utilizem materiais adicionais para evitar o congelamento.

 

A partir do momento em que o medicamento for colocado dentro da caixa ou da bolsa térmica, é importante que a embalagem não seja aberta, a menos que a pessoa precise fazer a utilização”, diz. (Isabela Teixeira da Costa/ Interina)

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

Tópicos relacionados:

falta-de-energia insulina saude

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay