Tanto a adenomiose quanto o teratoma impactam a saúde da mulher se não forem tratados corretamente -  (crédito: PIXABAY/REPRODUÇÃO)

Tanto a adenomiose quanto o teratoma impactam a saúde da mulher se não forem tratados corretamente

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Semana passada, a cantora Gretchen passou por um procedimento para a retirada do útero, que cresceu atingindo 832 centímetros, equivalente a uma gravidez de 20 semanas. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a adenomiose – condição médica caracterizada pela presença anormal de tecido glandular endometrial, o mesmo que reveste o interior do útero nas camadas musculares do útero – afeta aproximadamente uma a cada 10 mulheres no mundo.

Entre os sintomas comuns da doença, estão dor no período menstrual, desconforto durante a relação íntima, dificuldade para engravidar, aumento do fluxo menstrual, inchaço abdominal, infertilidade e abortos espontâneos. Segundo o ginecologista e cirurgião Thiers Soares, a adenomiose pode afetar negativamente a fertilidade das mulheres devido a possíveis alterações na estrutura do útero que dificultam a implantação do embrião.

Isso pode ser causado pelo aumento da inflamação uterina, tornando o ambiente menos propício para a gravidez e aumentando o risco de complicações. Com base em exames, estratégias de tratamento personalizadas podem ser desenvolvidas para aumentar as chances de gravidez bem-sucedida.

 

No tratamento da adenomiose, as opções cirúrgicas minimamente invasivas visam preservar a fertilidade e melhorar a qualidade de vida das pacientes. Atualmente, com o avanço das cirurgias, os procedimentos são menos invasivos, com recuperação mais rápida e menor impacto no sistema reprodutivo. A histerectomia (remoção do útero) é reservada para casos mais graves em mulheres não interessadas em engravidar, quando os sintomas são debilitantes e outras opções foram consideradas e descartadas.

Mulheres com adenomiose podem engravidar, mas devem estar cientes dos possíveis desafios durante a gestação, como maior risco de aborto devido às alterações no útero. Portanto, o acompanhamento médico e o cuidado pré-natal são essenciais para garantir a saúde da mãe e do feto.

A filha de uma amiga começou com uma dor muito forte, pouco tempo depois de dar à luz. Quando foram ver, estava com um teratoma. O teratoma é uma espécie de tumor desenvolvido a partir da multiplicação descontrolada das células germinativas do corpo humano. Nas mulheres, esse tipo de estrutura celular é encarregada da produção de óvulos e, por isso, o teratoma afeta os ovários. Essa condição clínica atinge, majoritariamente, mulheres mais jovens.

Existem dois tipos de teratomas: maduro, que é a lesão de caráter benigno – e o tipo mais comum, representando 85% dos casos. E o imaturo, que é maligno. É um tipo de câncer que pode se espalhar por outras partes do corpo. Cerca de 15% dos casos de teratoma apresentam malignidade.

Os teratomas nos ovários costumam ser assintomáticos, fator que pode muitas vezes dificultar o diagnóstico. Nesses casos, o problema acaba sendo identificado nos exames ginecológicos de rotina. Podem atingir ambos os ovários, apresentam uma taxa de crescimento bastante lenta, e podem ficar ocultos por anos e tornarem-se grandes tumores. Alguns deles chegam a ter mais de 10 centímetros de diâmetro e, quanto maiores eles ficam, maiores também são os riscos de complicações como ruptura do cisto ou torção dos ovários.

Nos casos em que os sintomas se manifestam, os mais comuns são: sangramento uterino anormal, dor abdominal constante, inchaço na região pélvica, distúrbios gastrointestinais, dores na lombar.

No caso do teratoma maduro, o tratamento é cirúrgico para retirada das lesões, por laparotomia ou videolaparoscopia. Já o tratamento do teratoma imaturo dependerá do grau de malignidade do tumor. Aqueles de grau 1, restritos aos ovários, podem ser tratados apenas com a remoção cirúrgica.

Para quem nunca viu um teratoma, não se assuste, mas é uma massa de carne e gordura e tem dentes, unha, cabelo. Nada bonito de se ver. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)