Rugas não são o único sinal de envelhecimento da pele
 -  (crédito: L'Oreal/reprodução)

Rugas não são o único sinal de envelhecimento da pele

crédito: L'Oreal/reprodução

Pensou em envelhecimento, imediatamente as rugas vêm à cabeça. No entanto, muitos outros sinais estão ligados ao aspecto envelhecido da pele – alguns deles podem surgir até na juventude e “bagunçar” a idade aparente.

“Os sinais mais comuns são as manchas solares, mas podemos listar vários outros, como flacidez, olheiras, bolsas palpebrais e queratoses, chamadas popularmente de verrugas”, explica a médica Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A mancha que mais envelhece a aparência e pode surgir precocemente é o melasma. “No geral, aparece nas regiões malares (bochechas), na fronte (testa) e no buço. Pode estar ligado a alterações hormonais e desencadeado pela luz solar. Melasmas são mais comuns em mulheres de idade jovem adulta do que em homens. Conferem aparência envelhecida à pessoa”, esclarece a médica.

De acordo com ela, o dermatologista não pode dar certeza de cura, mas é possível falar de melhora. “O paciente deve evitar exposição solar, pois o melasma pode voltar a aparecer após a mínima exposição ao sol. A proteção deve ser comprometimento diário. Temperaturas altas também podem desencadear o problema”, completa.

 

Outras manchas são mais comuns nos indivíduos de idade madura. “Nesses casos, o efeito é cumulativo, fruto da exposição solar que o paciente sofreu desde a infância. As melanoses, ou manchas senis, podem aparecer precocemente, mesmo antes do surgimento das rugas, conferindo à aparência idade mais avançada do que a real”, diz a dermatologista. O problema é tratado com laser e as manchas desaparecem em poucas sessões, informa.

Queratoses, ou verrugas, vêm do desenvolvimento de melanoses solares não tratadas. “Queratoses podem trazer problemas do ponto de vista oncológico, pois são lesões pré-cancerígenas. Devem ser tratadas independentemente de trazer prejuízo à aparência”, alerta a doutora Mônica. O tratamento mais comum é a eletrocauterização.

As pálpebras inferiores, quando são acometidas pela flacidez, trazem aparência de cansaço que envelhece o olhar. “Não é raro a flacidez deixar transparecer as bolsas palpebrais, que podem inchar dependendo da capacidade de drenagem linfática e dos hábitos de vida do paciente. Pessoas que ingerem comidas muito salgadas ou tomam bebidas alcoólicas em demasia têm essa característica bem exacerbada”, explica Mônica Aribi.

Características genéticas predispõem ao aparecimento dessas alterações e jovens podem apresentar bolsas proeminentes embaixo dos olhos, mesmo sem flacidez. “A maneira mais clássica de se resolver esse problema estético é por meio da blefaroplastia, cirurgia plástica de retirada das bolsas, que torna a aparência muito mais jovial”, diz.

As pálpebras superiores, por uma diferença genética ou racial, também podem se tornar caídas precocemente. O método de tratamento é o jato de plasma. “Ele faz a sublimação da pele e, consequentemente, levanta a pálpebra, conferindo abertura maior aos olhos. O resultado pode perdurar por muito tempo, no mínimo 18 meses”, informa Mônica Aribi.