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Críticos da abordagem da Meta, incluindo Google e OpenAI, argumentam que compartilhar o código irrestritamente é arriscado.

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Em um cenário polarizado no setor de inteligência artificial (IA), a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, decidiu seguir um caminho distinto de suas concorrentes, como Google e OpenAI. A empresa optou por compartilhar sua tecnologia de IA, conhecida como LLaMA (Large Language Model Meta AI), permitindo que acadêmicos e pesquisadores governamentais acessem o código do sistema, após verificar suas informações pessoais.

Yann LeCun, cientista-chefe de IA da Meta, defendeu a abordagem de código aberto em entrevista, afirmando que a 'plataforma vencedora será a aberta'. Essa posição contrasta com a postura do Google e da OpenAI, que se preocupam com o possível uso indevido de suas tecnologias de IA para disseminar desinformação e discursos de ódio. Por isso, essas empresas têm optado por manter em segredo os métodos e softwares que sustentam seus produtos.

Críticos da abordagem da Meta, incluindo Google e OpenAI, argumentam que compartilhar o código irrestritamente é arriscado. No entanto, LeCun sustenta que a crescente tendência ao sigilo nessas empresas é um 'grande erro', e que os consumidores e governos só adotarão a IA se ela não for controlada por poucas corporações poderosas.

A estratégia de código aberto da Meta não é inédita. Há casos anteriores de empresas compartilhando suas tecnologias de IA, como o Google fez ao abrir o sistema operacional móvel Android para combater o domínio da Apple nos smartphones. No entanto, táticas estão mudando à medida que a disputa no setor de inteligência artificial se intensifica.

A Meta tem investido bilhões de dólares no desenvolvimento de hardware e software para criar chatbots e outras 'IAs generativas' ao longo de quase uma década. Recentemente, lançou o LLaMA, permitindo que acadêmicos e pesquisadores governamentais baixem o código e construam chatbots próprios.

Apesar das preocupações do setor, a Meta acredita que compartilhar sua tecnologia de IA ajudará a acelerar o desenvolvimento e a ampliar sua influência na área. Mark Zuckerberg, CEO da empresa, está empenhado em tornar a Meta líder em IA e tem realizado reuniões semanais com sua equipe executiva e líderes de produto sobre o tema.