Simulação de Marte

Enquanto isso, a Nasa também desenvolveu um ambiente impresso em 3D para simular uma possível base planetária na superfície de Marte.

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Pesquisadores estão trabalhando na construção de um laboratório subterrâneo, localizado a 1.000 metros de profundidade, próximo à cidade de Whitby, na Inglaterra. O objetivo é simular as condições de vida em Marte e estudar como o ambiente do planeta vermelho poderia afetar o corpo humano. A ideia foi baseada no filme 'Perdido em Marte', estrelado por Matt Damon.

O ambiente da caverna, rico em sal-gema formado há mais de 250 milhões de anos, foi escolhido por ser considerado ideal para replicar as situações que os astronautas podem enfrentar em Marte. Para auxiliar no estudo, a equipe desenvolveu um robô chamado Bio-SPHERE, em colaboração com o Boulby Underground Laboratory.

Sean Paling, professor e líder da pesquisa, declarou em comunicado que o projeto tem potencial para responder a importantes questões logísticas relacionadas à criação de condições de vida sustentáveis em ambientes hostis. Ele acredita que os resultados contribuirão significativamente para os preparativos essenciais da longa e emocionante jornada coletiva na exploração de habitats além da Terra.

Não há previsão de quando a construção das instalações será concluída. Enquanto isso, a Nasa também desenvolveu um ambiente impresso em 3D para simular uma possível base planetária na superfície de Marte. A agência espacial norte-americana busca entender como os efeitos do isolamento e do ambiente hostil do planeta podem afetar os seres humanos.

O espaço de 160 metros quadrados conta com quatro quartos pequenos, areia vermelha por toda parte, dois banheiros, uma fazenda vertical e uma sala para cuidados médicos e estações de trabalho, além de uma área para relaxar. A instalação, chamada Análogo de Exploração de Desempenho e Saúde da Tripulação (CHAPEA, na sigla em inglês), faz parte de uma grande base de pesquisa da agência em Houston, Texas.

A partir de junho, quatro voluntários não astronautas participarão da primeira bateria de testes, ficando isolados durante um ano inteiro. A intenção é monitorar indicadores de saúde física e mental e entender possíveis reações ao isolamento prolongado em ambiente inóspito.