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Estado de Minas BILIONÁRIO REJEITADO

Usuários do Twitter rejeitam liderança de Elon Musk em enquete aberta pelo próprio CEO

Maioria dos usuários votou a favor da renúncia de Musk; empresário disse inicialmente que 'respeitaria os resultados' da enquete


19/12/2022 10:15 - atualizado 19/12/2022 11:17


Jared Kushner e Elon Musk assistindo à final da Copa do Mundo no Catar
Jared Kushner e Elon Musk assistindo à final da Copa do Mundo no Catar (foto: Getty Images)

Os usuários do Twitter votaram a favor da renúncia de Elon Musk como CEO da plataforma depois que o bilionário fez uma enquete na rede social sobre seu futuro à frente da companhia.

Um percentual de 57,5% respondeu "sim" nesta segunda-feira (19/12), depois que Musk perguntou a seus 122 milhões de seguidores se deveria deixar o cargo.

Musk, que comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em outubro, disse antes do fechamento da enquete que respeitaria o resultado.

O magnata, que também é dono da Tesla e da Space X, tem enfrentado muitas críticas desde que assumiu o controle da plataforma de rede social.

Musk ainda não fez nenhum comentário desde que a votação foi encerrada. E mesmo que venha a renunciar ao cargo de CEO, ele permaneceria como dono do Twitter.

Mais de 17,5 milhões de usuários votaram na enquete, com 42,5% se manifestando contra a renúncia de Musk.

No passado, Musk acatou o resultado das enquetes no Twitter. Ele gosta de citar a frase "vox populi, vox dei", uma expressão em latim que significa algo como "a voz do povo é a voz de Deus".

Should I step down as head of Twitter? I will abide by the results of this poll.

— Elon Musk (@elonmusk) December 18, 2022

Dan Ives, analista sênior de ações da Wedbush Securities, disse à BBC antes da votação ser encerrada que acredita que a votação levaria "finalmente" ao "fim do reinado de Musk como CEO do Twitter".

Houve uma enxurrada de mudanças controversas no Twitter desde que Musk comprou a plataforma de rede social em outubro.

Ele demitiu cerca de metade da equipe e tentou lançar o recurso que permite aos usuários comprar o status de conta verificada na plataforma, mas sua implementação acabou sendo adiada devido a uma enxurrada de contas de impostores. O recurso foi relançado na semana passada.

Ele também foi criticado por sua abordagem em relação à moderação de conteúdo, com alguns grupos de defesa de liberdades civis acusando-o de tomar medidas que vão aumentar o discurso de ódio e a desinformação.

Na sexta-feira, Musk foi criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Europeia pela decisão do Twitter de suspender alguns jornalistas que cobrem a empresa de rede social.

Repórteres do jornal americano New York Times, da rede CNN e do Washington Post estavam entre os que tiveram suas contas bloqueadas por supostamente compartilharem dados de localização. As contas já foram restabelecidas.

A ONU tuitou que liberdade de imprensa "não é um brinquedo", enquanto a União Europeia ameaçou o Twitter com sanções.

'Espectáculo de circo'

Ives afirmou que as últimas semanas e meses foram "prejudiciais para a imagem de Musk e da Tesla", que ele diz ser a "menina dos olhos", porque é onde está a maior parte da riqueza do bilionário.

"O Twitter agora é algo como uma areia movediça, e acho que piorou desde que Musk assumiu o controle do Twitter. Tem sido um espetáculo de circo", acrescentou.

"Acho que, nas próximas 24 horas, Musk provavelmente nomeará um novo CEO provisório para o Twitter."

Depois de abrir a enquete, Musk tuitou: "Como diz o ditado, cuidado com o que deseja, pois pode se tornar realidade".

Ele acrescentou mais tarde:

"Aqueles que querem o poder são os que menos merecem."

As the saying goes, be careful what you wish, as you might get it

— Elon Musk (@elonmusk) December 18, 2022

Musk também anunciou no Twitter que grandes mudanças de políticas da plataforma seriam votadas no futuro.

Isso aconteceu depois que o Twitter disse que encerraria contas concebidas exclusivamente para promover outras plataformas de rede social.

A medida também afetaria as contas que estão ligadas com ou contêm nomes de usuários de plataformas como Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Nostr e Post, disse a empresa em um tuíte, embora postagens cruzadas de conteúdo de outros sites ainda serão permitidas.

O ex-chefe do Twitter, Jack Dorsey, que recentemente investiu na Nostr, respondeu ao post no Twitter com uma pergunta: "Por quê?"

No sábado, a repórter do Washington Post, Taylor Lorenz, foi suspensa por violar a nova regra antes de ser formalmente anunciada.

Após ser reintegrada no domingo, ela postou um link para o tuíte que alegou ter sido responsável por sua suspensão.

O Twitter já havia impedido os usuários de compartilhar alguns links para o Mastodon, a plataforma para a qual muitos usuários do Twitter migraram após a aquisição de Musk.

Em uma série de tuítes no domingo, o Twitter afirmou:

"Reconhecemos que muitos de nossos usuários são ativos em outras plataformas de rede social. No entanto, não permitiremos mais a promoção gratuita de certas plataformas de rede social no Twitter."

Exemplos de possíveis violações podem incluir tuítes como "siga-me @nomedeusuário no Instagram" ou "confira meu perfil no Facebook — facebook.com/nomedeusuário", afirmou o Twitter em um blog.

Aqueles que violarem as regras pela primeira vez ou em um "incidente isolado" podem ser solicitados a excluir os tuítes ofensivos ou ter suas contas temporariamente bloqueadas.

Mas quaisquer ofensas subsequentes "vão resultar em suspensão permanente", acrescentou.

Mas os usuários podem continuar a postar conteúdo no Twitter das plataformas proibidas, e anúncios pagos desses sites ainda serão permitidos.

Casually sharing occasional links is fine, but no more relentless advertising of competitors for free, which is absurd in the extreme

— Elon Musk (@elonmusk) December 18, 2022

Poucas horas após o anúncio, Musk pareceu contradizê-lo ao tuitar que "compartilhar links de vez em quando casualmente não tem problema, mas chega de publicidade incessante de concorrentes de graça, o que é um absurdo ao extremo".

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64024762


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