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Estado de Minas

Nobel de Física vai para japonês e canadense por trabalhos sobre neutrinos

O neutrino, partícula elementar da matéria, está um bilhão de vezes mais presente no universo que cada um dos integrantes do átomo, mas, apesar disto, é incrivelmente difícil de ser detectado.


postado em 06/10/2015 07:16 / atualizado em 06/10/2015 13:18

Takaaki Kajita, professor na Universidade de Tóquio e (à direita) o canadense Arthur McDonald (foto: AFP PHOTO / JONATHAN NACKSTRAND / AFP PHOTO / HANDOUT / SNOLAB/ KELSEY MCFARLANE)
Takaaki Kajita, professor na Universidade de Tóquio e (à direita) o canadense Arthur McDonald (foto: AFP PHOTO / JONATHAN NACKSTRAND / AFP PHOTO / HANDOUT / SNOLAB/ KELSEY MCFARLANE)

O japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur B. McDonald são os vencedores do prêmio Nobel de Física em 2015 por seus trabalhos sobre os neutrinos, uma partícula elementar. Eles foram premiados pela "descoberta das oscilações dos neutrinos, que demonstram que estes têm massa", anunciou a Real Academia Sueca de Ciências. Isto permite compreender o funcionamento interno da matéria e um melhor conhecimento do universo, explicou o júri.

"A descoberta levou à conclusão, de considerável alcance, de que os neutrinos, durante muito tempo considerados como carentes de massa, a possuem, apesar de frágil", destaca o júri, que elogiou a "descoberta histórica". O neutrino, partícula elementar da matéria - que pode ser comparada a um fantasma ou a um camaleão - está um bilhão de vezes mais presente no universo que cada um dos integrantes do átomo, mas, apesar disto, é incrivelmente difícil de ser detectado.

O neutrino, que intriga os físicos desde os anos 60, está, de fato, desprovido de carga elétrica, o que permite que atravesse todo tipo de 'muro'. Assim, de cada 10 bilhões de neutrinos que atravessam a Terra, apenas um interage com um átomo de nosso planeta e seria necessário um muro de chumbo com espessura de um ano-luz para deter metade destas partículas, que também têm a característica de mutação frequente.

Os experimentos de Kajita e McDonald, que trabalharam de maneira separada, mostraram que os neutrinos, uma das partículas mais abundantes no universo, têm o costume de modificar sua 'identidade', alterando de um tipo para outro. Estas mudanças poderiam explicar alguns dos mistérios do universo, incluindo porque está composto por mais matéria do que antimatéria.

Na segunda-feira, o Nobel de Medicina, que abriu a temporada, foi atribuído ao irlandês William Campbell, ao japonês Satoshi Omura e à chinesa Youyou Tu pelo desenvolvimento de tratamentos contra infecções parasitárias e a malária.

Na quarta-feira será anunciado o Nobel de Química e um dia depois o prêmio de Literatura. O Nobel da Paz será revelado na sexta-feira em Oslo. A temporada termina no dia 12 de outubro com a categoria Economia.


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