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Estado de Minas

Batendo um bolão


postado em 27/02/2014 00:12 / atualizado em 27/02/2014 08:56

B.Piropo

Fechei a coluna passada prometendo comentar hoje o software da SAP capaz de melhorar o desempenho de um time de futebol. Por aqui, terra do futebol-arte, isto até pode parecer um sacrilégio. Afinal, mais vale um Ronaldinho que um caminhão de computadores.

É verdade. Não há tecnologia que possa ensinar garrinchas e pelés a jogar bola. Talento é talento, o bom jogador nasce com ele e nada mais faz que lapidá-lo. Mas quem sabe não haverá um software que possa ser usado em seu benefício para melhorar o desempenho?

O software em questão, que roda em uma plataforma SAP HANA, foi desenvolvido para melhorar a gestão administrativa dos clubes, estádios e sua interação com os torcedores. E, além da gerir as finanças, pode ajudar a gerenciar os negócios das lanchonetes, lojas e bares instalados nos estádios, controlar venda de ingressos e coisas afins. Tudo, enfim, que se espera de um bom software de gestão administrativa, campo no qual é difícil bater a SAP.

Mas por que não aproveitar a extraordinária capacidade de processamento em tempo real da plataforma HANA para fazer mais umas tantas gracinhas? Como, por exemplo, criar um aplicativo que rode nos smartphones e tablets dos torcedores e seja capaz de, usando a lista de amigos das redes sociais, mostrar quais deles adquiriram ingressos para o mesmo jogo e em que posições estão seus assentos no estádio? Ou comprar antecipadamente sanduíches e refrigerantes na lanchonete mais próxima de seu assento para evitar a espera nas filas?

Pois o software SAP faz tudo isto e muito mais. Mas tais funções, por acaso, ajudam a melhorar o desempenho em campo da equipe? Estas, certamente, não. O software que faz este aparente milagre aproveita a plataforma HANA para produzir e analisar uma enorme massa de dados gerados em campo e usa os resultados para assessorar o treinador na tomada de decisões.

Mas será que funciona? Bem, funcionou com a equipe do TSG 1989 Hoffenhein, pioneira em seu uso, ajudando-a a ascender da terceira divisão do futebol alemão em 2001 até, em 2008, à divisão especial, Bundesliga, nela se mantendo desde então com excelente desempenho. A alma da tecnologia é o software instalado na plataforma HANA para analisar os dados em tempo real. Mas de onde vêm estes dados? Ora, da movimentação dos jogadores em campo.

Para captá-los, são instaladas ao lado do campo e em pontos estratégicos (como junto às balizas, extremidades da linha que demarca o meio de campo e outros pontos selecionados) antenas com sensores que captam os sinais enviados por “chips” presos nas meias dos jogadores e na bola. O sistema captura e armazena dados que registram os movimentos de cada jogador, sua velocidade de deslocamento em campo, seu tempo de posse de bola, o tempo gasto em dribles, o número de passes certos, a eficiência dos chutes a gol e as regiões do campo em que ele permaneceu mais tempo durante a partida.

A análise do desempenho dos jogadores pode ser feita com dados recolhidos apenas  durante o treino, visto que os regulamentos vetustos da Fifa são refratários ao uso de tecnologia e proíbem o sensoriamento dos atletas durante jogos oficiais. Por enquanto, somente na bola pode – e como bem sabem os torcedores do Vasco, não obrigatoriamente – ser colocado um sensor para validar ou não um gol marcado.

Estes dados são enviados ao software, que os analisa e é capaz de reconstituir o jogo criando uma animação como as dos videogames de futebol que pode ser exibida em um tablet. Assim o técnico pode, por exemplo, constatar que dois jogadores do mesmo setor se mantêm afastados demais e mostrar isto aos interessados ainda durante a realização do treino.

Até agora os treinadores usavam apenas sua intuição e experiência. Agora podem suplementá-las com informações fornecidas por uma tecnologia que talvez revolucione o futebol. No Brasil diversos clubes, cujos nomes a SAP não pode revelar, manifestaram interesse no software. Porém, segundo consta, o Palmeiras já o adquiriu. Cuidado com ele em 2015.


PERGUNTE AO PIROPO
SSD não é reconhecido pela máquina

Tenho um desktop Dell com Windows 7 64-bit (SP1) e 2 HDs de 500 GB cada SATA (RAID 0 - 1 TB). Adquiri um SSD Corsair Force GS 180 GB SATA (6 GB/s) para o sistema operacional, deixando os 2 HDs só para dados (sem RAID), mas o SSD não é reconhecido pelo BIOS quando reinicio a máquina, só quando desligo e religo normalmente. Mas sempre que reinicio ele some. E não importa se configuro a BIOS para AHCI ou RAID, se conecto o SSD nas portas SATA mais rápidas ou mais lentas da placa mãe ou se desconecto ou não os outros HDs. O que está acontecendo?

Marcelo Dischinger – Belo Horizonte/MG

Este é mais um caso em que o leitor pergunta e, antes que eu possa responder, resolve seu problema e tem a delicadeza de me enviar a solução. E como outros leitores podem ter o mesmo problema – os preços de SSD estão caindo e eles se disseminam cada vez mais – , aqui vai a solução encontrada e testada pelo Marcelo. Diz ele: “Problema resolvido. Solução: instalei o programa mais recente disponível para o meu SSD (Corsair SSD Toolbox v1.2.0.9), conseguindo atualizar o firmware (que eu não conseguia com a versão mais antiga) do SSD e seu driver. Agora, quando reinicio a máquina o SSD não some mais. Obrigado.” Ora, Marcelo, francamente... Obrigado digo eu (e os leitores que porventura você vier a ajudar).


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