“Quando querem acasalar, os coalas fazem ruídos que parecem uma mistura de ronco e arroto, algo similar ao zurro de um jumento”, explicou o chefe das pesquisas, Benjamin Charlton, da Universidade de Sussex. “Na verdade são bem altos”, afirmou. De acordo com o estudo, o coala emite um urro 20 vezes mais grave do que se esperaria de um animal que pesa apenas oito quilos, em média.
Mas uma vez que essas cordas vocais ficam onde as cavidades oral e nasal se ligam, elas não são limitadas pelo limite de espaço da caixa vocal, que tipicamente produz chamados mais agudos entre criaturas menores. Essas cordas vocais extras são como dois lábios dentro do palato mole, uma localização que os cientistas descreveram como “altamente incomum”.
Experiência
Depois de localizá-las, cientistas fizeram uma experiência usando três cadáveres de coala, “aspirando ar para dentro da faringe e a laringe via a traqueia, imitando a inalação de ar usando os pulmões”, destacou o estudo.
Uma câmera minúscula também foi inserida na traqueia, para filmar o movimento das cordas vocais durante esse momento, e gravações capturaram os ruídos, confirmando o papel do órgão para fazer sons graves. Os cientistas disseram que mais estudos são necessários para descobrir se as fêmeas de coalas também têm essas cordas vocais. As fêmeas, às vezes, são conhecidas pelos urros graves, embora eles não sejam tão frequentes quanto os sons emitidos pelos machos. Eles estão analisando mais de perto outros mamíferos para ver se essas cordas vocais extra são realmente exclusivas dos coalas ou se outras criaturas podem ser equipadas também.