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Estado de Minas

Apenas visual salva jogo Ducktales: remastered do extremo desapontamento

Movimentação fácil é ponto positivo, mas enfrentar os mesmos desafios pelos diferentes níveis pode ser decepcionante e tedioso


postado em 07/11/2013 11:30 / atualizado em 07/11/2013 11:19

(foto: WayForward/Divulgação)
(foto: WayForward/Divulgação)
Ducktales, além do divertido seriado da década de 90, foi responsável por conquistar vários fãs no período, quando aproveitou o ápice do sucesso na tevê para se consolidar no mercado de games da época. Decisão que deu certo. O jogo vendeu quase 2 milhões de unidades mundialmente – número expressivo para a época – e se fez presente nas páginas da história como um dos tantos conhecidos no gênero de plataforma, chamando a atenção pelo belo desenho de personagens e cenários.

Ao menos essa característica chamativa é visível em Ducktales: remastered. O desenho dos níveis apoiou-se nos do jogo original e apenas melhorou o visual. Parte desse sentimento de nostalgia foi pelo contato que a equipe produtora teve com o colorista de cenários da série clássica de TV para utilizar os desenhos originais no jogo. A surpresa veio quando o ilustrador pediu para fazer parte do desenvolvimento e foi contratado. Felizmente, pois apenas o visual aparenta salvar Ducktales: remastered do extremo desaponto.

Em vários momentos, o fundo dos cenários evidencia várias camadas sobrepostas e aparenta ter sido tirado essencialmente do seriado. Isso também é passado para os personagens, que são uma versão em HD modelada em cima dos moldes do game original e têm animações bem elaboradas.

Aceitável apontar que, por conta de ser uma versão de remasterização, Ducktales: remastered tenha seus vícios – como a introdução da Capcom ao início, bem no estilo noventista. Mas, após a evolução dos videogames, e, especificamente, dos controles, percebe-se que a WayForward preferiu se manter em controles nada inovadores (pelo contrário), com apenas dois botões de ação, e adicionar somente dois níveis ao acervo do game – os outros quatro são parte da lista original.

Ainda que a movimentação seja fácil e responda bem, é fácil se encontrar enfrentando os mesmos desafios pelos níveis do jogo. Um catalisador para essa sensação são as batalhas contra chefões, que são facilmente superadas se o jogador tiver boa memória e conseguir se lembrar das sequências e derrotá-los sem muito esforço – o que torna grande parcela da experiência uma repetição irritante.

A reciclagem dos níveis já presentes no game original deixa ainda mais claro o objetivo da WayForward em conquistar apenas aqueles fãs que, em 1990, gostaram da novidade de um game sobre a série de TV. Mas, em 2013, apenas gráficos renovados e remasterização de sons não são o bastante para um jogo de qualidade.

DIRETO DE PATÓPOLIS
Ducktales, os caçadores de aventuras é uma das mais bem sucedidas séries de animação dos estúdios Walt Disney. No desenho, produzido entre 1987 e 1990, Tio Patinhas e seus sobrinhos-netos Huguinho, Zezinho e Luizinho vivem diversas aventuras com vários personagens famosos do mundo Disney, como o Professor Pardal, a Maga Patalógica e os irmão Metralha. Inspirados no gibi do Tio Patinhas, criado em 1952 por Carl Barks, a série fez muito sucesso no Brasil e foi veiculada pelo SBT/Alterosa de 1988 a 1996. A curiosidade é que o cidadão mais ilustre de Patópolis não é um dos protagonistas do desenho: Pato Donald, apesar de algumas aparições esporádicas, não é personagem comum nas histórias de Ducktales. Ele deixa os sobrinhos sob a tutela do tio, o pato mais rico do mundo, para servir a marinha.

QUADRINHOS
Em um minidocumentário divulgado no YouTube da Capcom, membros da equipe de design comentaram que grande parte da produção do jogo foi influenciada pelos antigos quadrinhos (antecessores à série de tevê).


Assista o trailer de divulgação do game:



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