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Estado de Minas

Microsoft compra unidade de celulares da Nokia por US$ 7,18 bi

A Microsoft também comprará todas a patentes da Nokia e seus serviços de localização. A Nokia, ex-número um mundial dos telefones celulares, se concentrará agora em serviços e redes


postado em 03/09/2013 08:22 / atualizado em 03/09/2013 08:31

Diretor executivo da Nokia Stephen Elop (à esquerda) cumprimenta o diretor da Microsoft, Steve Ballmer (foto: REUTERS/Luke MacGregor/Files)
Diretor executivo da Nokia Stephen Elop (à esquerda) cumprimenta o diretor da Microsoft, Steve Ballmer (foto: REUTERS/Luke MacGregor/Files)
A finlandesa Nokia venderá a unidade de telefones celulares para a americana Microsoft por 5,44 bilhões de euros (7,183 bilhões de dólares), renunciando a um setor no qual durante muito tempo foi líder mundial.

A Nokia, ex-número um mundial dos telefones celulares, se concentrará agora em serviços e redes, "o melhor caminho para avançar, tanto para a empresa como para seus acionistas", afirmou o presidente interino da Nokia, Risto Siilasmaa, em um comunicado.

A Nokia, que passa por dificuldades com a concorrência de Samsung e Apple, sobretudo na venda de smartphones, concluiu em agosto a compra de 50% da Nokia Siemens Networks (NSN) que pertencia ao grupo industrial alemão Siemens.

A NSN é especializada nas redes de banda larga e registra resultados melhores que a unidade de telefones celulares da Nokia.

A Microsoft também comprará todas a patentes da Nokia e seus serviços de localização.

A compra pela Microsoft será efetuada no primeiro trimestre do próximo ano, após a aprovação dos acionistas e das autoridades reguladoras.

Os 32.000 funcionários da Nokia - 4.700 na Finlândia - serão integrados a Microsoft.

De acordo com o anúncio, o lucro líquido da transação para a Nokia será de 3,2 bilhões de euros (4,225 bilhões de dólares).

Siilasmaa, nomeado presidente interino da Nokia, disse que a venda vai "reforçar claramente a posição financeira" do grupo e dar "uma base sólida para os investimentos nas atividades futuras da Nokia".

Para a Microsoft, a aquisição tem como objetivo "acelerar o êxito com os smartphones", anunciou o presidente da empresa, Steve Ballmer.

As especulações sobre a venda da Nokia foram intensas nos últimos meses. A imprensa e os analistas haviam citado outros possíveis compradores, como as chinesas Huawei e Lenovo.

A Microsoft segue assim o caminho da rival Google, que também investiu no "hardware" ao comprar a fabricante americana de telefones Motorola.

A compra da Nokia certamente aumentará o debate sobre o futuro de outro grande nome histórico da telefonia móvel, a canadense BlackBerry, que passa por grandes dificuldades.

A Nokia liderou o mercado de telefones celulares durante 14 anos, até ser superada pela Samsung em 2012 como a marca mais vendida do mundo.

As vendas de celulares da Nokia iniciaram um declínio implacável. Para a Finlândia, a Nokia tem importância muito especial, já que se trata da maior empresa do país.

A Microsoft, a maior empresa de software do planeta, fundada em 1975, também enfrenta dificuldades. Não conseguiu adaptar-se ao mercado das plataformas móveis e tem dificuldades para recuperar o tempo perdido.

O tablet eletrônica Surface não encontrou público e a empresa decidiu recentemente diminuir o preço, o que representou fortes custos de desvalorização.

Além disso, a empresa sofre com a queda das vendas dos computadores pessoais, o que afeta seu sistema operacional Windows.

Para alguns analistas a empresa precisa passar por mudanças para atuar em um novo ambiente. Neste contexto, o diretor geral Steve Ballmer anunciou em 23 de agosto que deixará o cargo nos próximos 12 meses.

O conselho de administração nomeou um comitê especial responsável por buscar o novo diretor. O grupo tem a presença do presidente da diretoria e fundador da Microsoft, Bill Gates.

O próprio Ballmer tentou tranquilizar os 4.700 funcionários da Nokia na Finlândia de Nokia, que agora passam a ser trabalhadores da Microsoft.

"Não temos planos para transferir os postos de trabalho em outras partes do mundo, como parte da fusão", disse.

"Reconhecemos o papel da Nokia aqui", concluiu.

 


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