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Estado de Minas

Celulares aumentaram de tamanho em média 50% em quatro anos

Mudança é reflexo do comportamento do consumidor, do avanço tecnológico e da enxurrada de informações diárias nas telas


postado em 11/07/2013 09:41 / atualizado em 11/07/2013 13:09

Bruno Silva

Vinícius Veloso optou pelo Galaxy Note, com 5.29%u201D: melhor resolução(foto: RONALDO DE OLIVEIRA/CB/D.A PRESS)
Vinícius Veloso optou pelo Galaxy Note, com 5.29%u201D: melhor resolução (foto: RONALDO DE OLIVEIRA/CB/D.A PRESS)
Pergunte àquele seu amigo que está sempre com o modelo mais novo de smartphone – ou, se você é um desses, questione a si mesmo: já notou o quanto o aparelho tem crescido nos últimos anos? Em 2009, a regra era orbitar em torno de três polegadas. Hoje, ninguém se incomoda em carregar por aí um dispositivo com tamanho superior a 4,5 polegadas, algo em torno de 50% a mais. A tendência é tão forte no mercado a ponto de afetar até mesmo a Apple, que esticou o iPhone 5. Essa evolução fez surgir uma nova categoria: a dos foblets, que se aproximam das dimensões consideradas normais para um tablet. Mas por que as telas de celulares têm aumentado tanto?

Esse fenômeno tem duas explicações. A primeira está relacionada com a mudança de comportamento do consumidor. “Com a popularização do acesso móvel à internet, o uso de aplicativos e as outras atividades relacionadas à navegação móvel, as pessoas têm sentido a necessidade de ter displays maiores para acompanhar esse movimento. Antes, o que determinava o conforto e a usabilidade era o tamanho do dispositivo. Agora, é o da tela”, explica Bárbara Toscano, gerente-geral de marketing de celulares da LG. A empresa apresentou o maior crescimento: nos últimos quatro anos, as telas aumentaram 83,3% .

O primeiro Galaxy, da Samsung, lançado em 2010, tinha tela de 3.2 polegadas. A propaganda, na época, era de que cabia em qualquer bolso. Três anos depois, o dispositivo mais recente da linha cresceu bastante. O Galaxy S4 tem display de 5 polegadas – um aumento de 56,25%. O que ocorre com a empresa coreana é tendência no mercado: entre as principais fabricantes de smartphones, o crescimento dos visores têm ultrapassado, em média, os 50% nos últimos quatro anos. A porcentagem vale também para os aparelhos Xperia, da Sony.

Outra explicação para o aumento das telas se dá na própria evolução da tecnologia dos smartphones, que têm processadores velozes e sistemas funcionais. “Cada vez mais informações estão disponíveis para o usuário e, com isso, faz-se necessária uma área de visualização melhor. Nem sempre é possível colocar tantos dados em um display de tamanho reduzido”, aponta Amauri Sousa, gerente de produto da Motorola Mobility.

Sousa também indica que os celulares não cresceram apenas em tela, mas também em toda a evolução das tecnologias envolvidas na construção. “Elas estão cada vez mais nítidas, com brilho menor, e precisam consumir menos energia – não adianta ter um display grande e uma bateria pequena. A resolução também é importante na hora de escolher o aparelho.”

O tamanho de tela ideal, como sempre, fica a cargo de quem vai comprar. “Os displays devem atender as necessidades dos consumidores, que, no mercado brasileiro, ainda buscam por diferentes tipos de aparelhos. Há quem prefira celulares monoblocos. Outros optam por ter um teclado qwerty. Também há aqueles que preferem aparelhos com tela sensível ao toque, que apresentam maior evolução na tela”, diz Vinícius Costa, gerente sênior de produtos da Nokia.

Uso

No ano passado, o funcionário público Vinícius Veloso, 28 anos, trocou um celular com tela de 2.8 polegadas por um Galaxy Note (de 5.29 polegadas) e, hoje, não se imagina com dispositivo com um display menor do que esse. “No dia a dia, só tenho elogios. Antigamente não gostava, até brincava que esses aparelhos pareciam um tablet, mas meu pai comprou um celular desses e, no primeiro dia, testei e me apaixonei”, confessa.

Para ele, o display ideal está em torno de 5 polegadas. Além do Note, ele também utiliza um feature phone (como são chamados os celulares que não são smartphones atualmente). Apesar de gostar mais de aparelhos com telas grandes e não ter problema em carregá-lo no bolso, ele não o leva a alguns tipos de eventos, como jogos de futebol.

Uma das empresas que ajudaram a firmar essa tendência no mercado, a Samsung trouxe os foblets (intermediário entre smartphone e tablets), como o Galaxy Note. A Apple, por sua vez, aderiu de forma discreta a essa tendência. Até mesmo Steve Wozniak, que cofundou a empresa com Steve Jobs (mas está há décadas longe dela), acredita que o iPhone se beneficiaria com algumas polegadas a mais. “Uma mudança que gostaria de fazer na empresa é produzir telefones com telas maiores. Não gosto de ver uma vitrine com vários dispositivos com displays grandes, e o menor é o da Apple”, disse Woz.

 

Confira o aumento por marca
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