
A visita da equipe técnica do Google Maps teve um sentido profundo e partiu do pedido da Charles Darwin Foundation (CDF), organização sem fins lucrativos, para adicionar imagens de Galápagos em seu aplicativo de Street View. Assim, mais pessoas podem visitar o local, só que agora virtualmente, sem danificar seu frágil ecossistema, e como um recurso para a pesquisa e a educação. "Estivemos em um barco com mar agitado, subindo em rochas de lava e a cavalo pela face de um vulcão", contou a chefe do projeto, Raleigh Seamster. "Houve muitas aventuras. Foi inspirador", relatou.

"Esta é uma oportunidade única de usar a tecnologia científica para a conservação e a sensibilização pública sobre a importância do ecossistema dos Galápagos em um mundo em transformação", afirmou Daniel Orellana, chefe de pesquisas em sistemas humanos, em um comunicado. O Catlin Seaview Survey, grupo de especialistas que procura imagens de recifes de coral no mundo, usou um equipamento especial para captar imagens panorâmicas submarinas de alta definição em águas do arquipélago, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
"Compilamos um incrível portfólio de imagens de 360 graus, que permitirá ao mundo fazer ’mergulhos virtuais’ nos ecossistemas únicos da Reserva Marinha de Galápagos", afirmou Pelayo Salinas de León, da Fundação Darwin. As imagens submarinas serão usadas como referência para avaliar a saúde do sistema marinho e o efeito das mudanças climáticas. O projeto representa a primeira captura de imagens do Street View no Equador, segundo o Google, que tem feito visitas para captar imagens para os seus mapas do Amazonas, no Brasil, ao Ártico canadense.
*Excepcionalmente, não publicamos hoje a coluna Técnicas e Truques
