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Estado de Minas

Jovens dos EUA estão substituindo o interesse pelo carro por eletrônicos de interação


postado em 06/04/2013 14:50

Boris Feldman - De Nova York

 

Nem o charme de Nova York foi capaz de segurar o brilho do seu salão do automóvel: centenário, dos mais antigos do mundo, teve sua primeira edição em 1900, três anos depois do primeiro salão alemão (em Berlim), dois depois do primeiro em Paris. Foi palco para a apresentação de alguns dos mais importantes automóveis do mundo, entre eles, em 1954, o icônico Mercedes Asa de Gaivota. Entretanto, a presença da indústria automobilística em Detroit fortaleceu a exposição na capital de Michigan, que é hoje a mais importante nos EUA. Mesmo assim, ela não é tão importante quanto as de Frankfurt, Paris e Genebra.

O Salão de Nova York deste ano abriu portas ao público em 29 de março e vai até amanhã. Novidades, poucas. A maioria dos destaques não passa de um bisturi em modelos já existentes, o chamado face-lift. Ou inéditas para o mercado local, mas já exibidas em salões europeus. Carro novo, de verdade, quase nenhum. E olhe que não falta espaço no Jacob Javits Convention Center: são dois andares gigantescos com algumas marcas expondo em ambos. A maioria reserva o estande do andar principal para os automóveis. Picapes e comerciais no nível inferior. Algumas fábricas de presença cambaleante nos EUA, como a Mitsubishi, só no “porão”...

A rigor, a maior atração para os cerca de 2.500 jornalistas (os salões europeus recebem 10 mil profissionais da imprensa) é o anúncio do Carro Mundial do Ano (WCOTY). Quem saiu de lá rindo até as orelhas foi Mario Guerreiro, diretor de comunicação internacional do grupo VW, acompanhado de Walter de Silva, mago do estilo responsável pelo design de todas as marcas do grupo: depois de levar o troféu de 2012 com o up!, a VW emplacou novamente este ano com o novo Golf (geração 7) e, de quebra, com o Porsche Cayman/Boxster na categoria Melhor Desempenho.

Aliás, o salão de Nova York anda tão desprestigiado que a Audi levou uma novidade para os EUA, o modelo sedã (até então inexistente) do A3 – que, acreditem, não foi exibida em seu estande, mas num galpão nas proximidades –, e convidou um número restrito de jornalistas para conhecê-la. Diante da (óbvia) pergunta do porquê da apresentação “secreta”, o porta-voz da marca explicou que sua grand-première está reservada para o salão chinês que acontece em Xangai, dentro de três semanas.

Além da recente crise do mercado norte-americano, outra explicação para justificar um show tão acanhado são estatísticas recentes que preocupam os executivos do setor: a moçada vem trocando a concha (Shell) pela maçã (Apple). Gráficos de vendas apontam maior interesse dos jovens pelos meios eletrônicos de interação. Dirigir? Se satisfazem com sua habilidade com os vídeogames, nas telinhas. Encontros? Bastam as redes sociais, a quee dedicam várias horas diariamente...


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