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Estado de Minas

Quase 100 elefantes mortos por caçadores no Chade


postado em 20/03/2013 00:12 / atualizado em 20/03/2013 15:38

Libreville – Ao menos 89 elefantes foram massacrados por caçadores na semana passada em uma única noite perto da cidade de Ganba, ao Sul do Chade, afirmou a organização não governamental World Wildlife Found (WWF) ontem, em um comunicado. Entre os paquidermes mortos estavam 33 mães em período de aleitamento e 15 filhotes, indicou a organização de defesa no meio ambiente.

 “Os caçadores, cerca de 50 homens a cavalo, falavam em árabe”, segundo líderes locais citados pelo comunicado, que afirmaram que o Exército do Chade foi enviado para "parar os criminosos".

 "É um dos piores incidentes de caça na região desde o massacre de mais de 300 elefantes no Parque Nacional camaronês de Buba N’Djida em fevereiro de 2012”, ressaltou o WWF. “De acordo com as evidências, foi o mesmo grupo de caçadores sudanês que matou os elefantes em Camarões, obrigando o país a mobilizar forças especiais para proteger os animais”, comentou Bas Huijbregts, chefe da campanha da WWF contra o comércio ilegal de espécies selvagens na África Central.

 “Esste incidente no Chade coloca em evidência a necessidade de uma abordagem regional para lutar contra a caça”, acrescentou. Em muitas zonas estratégicas da África Central, os caçadores se aproveitam da porosidade das fronteiras para circular de um país para o outro. Na África, uma parte do dinheiro do tráfico de animais serve para financiar vários grupos armados, afirma a WWF.

“Contudo, apenas o fim da demanda por marfim em países como a Tailândia e a China asseguraria a sobrevivência dos elefantes na África Central”, considerou Huijbregts. O preço do quilo do marfim ultrapassou  US$ 2 mil no mercado negro asiático por causa da demanda em constante aumento, segundo várias ONGs.

 De acordo com um relatório da WWF de dezembro, a caça, com um lucro estimado em US$ 19 bilhões por ano, se tronou o quarto maior mercado ilegal do mundo, atrás das drogas, dinheiro falsificado e tráfico humano. O marfim é usado principalmente para a confecção de adornos religiosos e também em joias. Segundo a ONG Entidade Nacional de Proteção Animal (Enpa), da Itália, em 2011, os caçadores mataram 25 mil elefantes apenas na África subsaariana por um lucro de 5 mil euros a presa (algo em torno de R$ 15 mil). Dali, o marfim é transportado até as Filipinas, onde é transformado em cruzes católicas, estátuas, ou é encaminhado para a Tailândia ou para a China para ser transformado em símbolos budistas ou taoistas. Cento e setenta e seis países já proibiram o comércio de marfim.



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