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Estado de Minas

Respeito à fome é essencial no processo de emagrecimento


postado em 22/01/2013 00:12 / atualizado em 22/01/2013 08:32

A dificuldade em perder peso, segundo o nutrólogo José Ernesto dos Santos, está vinculada também à inabilidade do homem de distinguir dois sentimentos ligados ao equilíbrio nutricional: a fome e a saciedade. O especialista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo afirma que é preciso entender que a fome é algo fisiológico, e saciedade, algo natural. “Estamos desacostumados a sentir fome porque comemos simplesmente porque está na hora de comer. Quem vai a um rodízio, vai para dar prejuízo. Ninguém tem fome de 24 pedaços de pizza”, argumenta. Santos recorre a hábitos rotineiros para exemplificar o descaso com a saciedade. “Comemos no cinema, vendo televisão e sem perceber que é o suficiente.”

A nutricionista Isadora Fadul destaca ainda que deve haver uma preocupação em adequar o alimento ao horário em que ele é ingerido. Caso contrário, alerta, a pessoa corre o risco de cair na armadilha das compensações noturnas. “Ela pensa que como não comeu nada durante o dia e não tomou café da manhã pode compensar e comer bastante no jantar. Exatamente na hora em que devemos comer menos. O organismo se prepara para descansar, e em vez disso está tentando digerir uma quantidade enorme de comida.”

A endocrinologista Rosana Radominski, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, ressalta que esse comportamento é conhecido como anorexia noturna. “A pessoa não tem fome de dia, mas come muito à noite. Isso pode ser mudado. Se ela conseguir comer menos à noite, vai sentir fome pela manhã, com certeza”, ensina.

Uma alimentação menos reforçada à noite melhora outra importante questão para o emagrecimento: o sono. Segundo Radominski, ainda não se sabe exatamente qual é o papel biológico da ausência das longas horas de sono no organismo, mas uma associação desse comportamento com a obesidade já é conhecida. Estudos mostram que poucas horas de sono aumentam os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, o que pode levar ao ganho de peso. Ao mesmo tempo, pessoas que passam menos de seis horas dormindo têm níveis mais altos de grelina, um hormônio que estimula o apetite, principalmente por alimentos de alto teor calórico e por carboidratos. (BS)


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