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Estado de Minas FÁBRICA DE CRIMINOSOS

Roubo de dados e informações pessoais está cada vez mais frequente

Especialistas alertam para os cuidados ao se fazer compras e movimentar contas bancárias on-line


postado em 20/09/2012 10:07 / atualizado em 20/09/2012 13:20

Diego barros, 22 anos, teve os dados roubados on-line(foto: Carlos Moura/CB/D.A. Press)
Diego barros, 22 anos, teve os dados roubados on-line (foto: Carlos Moura/CB/D.A. Press)

Aquela sensação de que não há limites na internet, por causa do anonimato e da oferta de serviços, deve desaparecer. Quanto mais pessoas usam e abusam das experiências on-line, mais ameaças, usuários mal-intencionados e as armadilhas se proliferam.

Foi o caso do administrador Marcos Sousa, de 50 anos. Por duas vezes, ele teve roubados os pontos de um cartão de fidelidade. O primeiro episódio foi no ano passado, quando ele tinha 38 mil pontos em um dia, e no outro apenas 8 mil. O administrador entrou em contato com a empresa, fez uma carta comprovando que não usou o benefício e finalmente foi restituído. Ele foi informado que as milhas foram usadas por outra pessoa.

A segunda vez foi no início de agosto: dos 18 mil pontos na conta, 15 mil sumiram. Toda a burocracia recomeçou. O problema ainda não foi resolvido e a companhia vai avaliar o caso em até 15 dias. “Estou com medo de transferir a pontuação para a mesma empresa e ocorrer de novo”, desabafa.

O advogado especialista em direito digital Leandro Bissoli sugere que as vítimas de cibercrimes procurem uma delegacia. “E , claro, é importante saber se existe uma estabelecimento especializado nesses crimes na região”, ressalta. Bissoli lembra que também vale procurar um advogado para que ele possa indicar o melhor procedimento jurídico.

Carteira vazia A atenção deve estar voltada também às compras on-line. A empresa de consultoria IDC prevê que 1 bilhão de transações serão feitas na internet em 2012, com a soma total superior a US$ 1,2 trilhão. A quantidade surpreendente atrai cada vez mais a atividade fraudulenta.

Para Andrey Kostin, analista da empresa de antivírus Kaspersky, ao colocar os dados confidenciais no site da loja ou site do banco as informações estão sujeitas a cair na mãos de usuários mal-intencionados e o titular do cartão pode ter a conta zerada.

O especialista sugere que as pessoas tenham um cartão de crédito/débito separado para usar especialmente nas transações on-line com pequenas quantidades de dinheiro. Depois, ter cuidado ao escolher a loja virtual.

“Golpistas sempre chegam com novos truques para enganar os consumidores”, alerta Kostin.

Um deles é a conexão. Os dados enviados na hora da compra devem estar criptografados. Como?

Preste atenção ao protocolo de segurança HTTPS, que é um HTTP codificado. Ele garante a proteção contra ataques. Portanto, um endereço de servidor com uma conexão segura deve ser semelhante a este: https://www.online shop.com.

*A jornalista viajou a convite da Kaspersky

 

Dicas de segurança

No seu computador


» Mantenha o sistema operacional,
o antivírus e todos os demais softwares atualizados

» Evite clicar em links recebidos por e-mail ou apresentados em sites
não confiáveis

» Instale um antivírus que seja capaz de identificar e eliminar vírus e outras ameaças, e tenha firewall

» Tenha cuidado com os anexos
dos e-mails: muitas vezes, eles têm
como assunto aspectos que provocam curiosidade

l  Nas redes sociais

» Tenha atenção com informações e fotos que você publica nas redes sociais

» Procure orientar as crianças e adolescentes sobre os riscos relacionados à internet, como  conversar com estranhos

l  Sua senha

» Escolha senhas compostas por pelo menos oito caracteres, entre números, letras e caracteres
especiais (*,#@$)

» Substitua a senha frequentemente

» Não use palavras em qualquer língua, nomes próprios, apenas números. Varie mesclando
partes de palavras ou frases

Nas compras

» Tome cuidado com computador que usa, evite usar lan houses, não forneça as informações bancárias
a outras pessoas e pesquise sobre a loja virtual antes de comprar

» Repare no item de cadeado na barra de tarefas do navegador. É um indicativo de que o site é seguro

» Não se esqueça de fazer logout ao sair do e-mail, da conta bancária e da rede social

» Evite preencher seus dados pessoais em cadastros de sites não confiáveis, principalmente aqueles que ofereçam algum benefício em caso de preenchimento

» Procure usar a navegação segura https em redes corporativas

Fonte: Emerson Wendt e Higor Vinicius Nogueira Jorge, no livro Crimes cibernéticos, da editora Brasport 

 

Três perguntas para...

paula alessandro da silva
gerente de soluÇões da ez-security

 

Há algum sistema operacional imune aos vírus?
Existem três principais vetores a considerar nesse caso: a massificação do uso da tecnologia, que deixa os usuários vulneráveis pela falta de informação; a evolução dos códigos maliciosos; e a mudança no uso do computador, com aplicações e serviços são muito mais percebidos e usados. Os três vetores tornam praticamente impossível um provedor de tecnologia ser imune a ataques cibernéticos. Se não for atacado, ainda vai ser.
 
Como se defender?
O melhor conselho é informação, é a cultura do usuário. As empresas têm mais a perder e vão investir nas prevenções e instruções aos usuários. Tudo para não agravar as vulnerabilidades. Tem que prestar atenção às perguntas que as redes sociais fazem nos aplicativos para o celular, como adicionar ou não o GPS. E outra: o uso do antivírus é básico.

Como se proteger sem abrir mão da liberdade?
Temos que olhar em dois aspectos: o conteúdo como uma questão dos direitos autorais e a internet como meio de comunicação. A internet tem regras desde que foi concebida. A liberdade é muito ampla, mas para conviver bem com a sociedade é preciso lidar com todo tipo de possibilidade na web. Estamos a caminho de legislação mais efetiva no assunto e do amadurecimento. A realidade é muito desafiadora, pois tudo ainda é muito novo.

 

De olho nas contas bancárias

 

Manter a carteira e os cartões de crédito em um lugar seguro ou não andar com muito dinheiro no bolso são sugestões básicas para tentar se proteger de bandidos. No entanto, há ainda mais uma dica: fique atento ao que você publica nas redes sociais, aos dados que preenche ao comprar em uma loja virtual e até ao acesso à aplicativos bancários. Essas são as exigências para se ter uma navegação um pouco mais segura no ambiente virtual. Os cibercriminosos procuram os internautas distraídos.


Uma pesquisa da Harris Interactive, realizada entre fevereiro e março deste ano, entrevistou 8 mil pessoas e revela que 57% dos usuários de internet do mundo gerenciam remotamente a sua conta bancária. E mais: 31% armazenam os dados bancários no próprio computador e 23% têm recebido e-mails falsos com algum pretexto para incentivá-los a entregar informações pessoais. De janeiro a agosto de 2012, a empresa de antivírus Kaspersky Lab detectou mais de 15 mil novos cavalos de troia, que têm o objetivo de furtar dados bancários.


Em fevereiro deste ano, Diego Barros, 22 anos, percebeu que uma pessoa fez compras on-line em uma loja virtual da França com seu cartão de crédito. Como acompanha com frequência a fatura, o estudante de publicidade acionou o banco e fez uma carta afirmando que a cobrança era indevida. Em 10 dias, o banco estornou o dinheiro, R$ 100. “Usaram só isso porque tinha esse valor na conta. Se tivesse mais, com certeza também perderia”, comenta.


Barros costuma comprar roupas e perfumes em sites internacionais e acredita que um vírus ou ataque direto de hacker conseguiu roubar seus dados. “Antes, comprava em qualquer computador, agora uso só o meu, pois garanto um pouco mais de segurança. Uso antivírus e acesso apenas sites conhecidos”, conta.
Os bancos também recorrem às proteções digitais, como a exigência de duas senhas. Há também os que utilizam uma palavra-passe, que muda frequentemente. “O usuário também tem seu papel: vale ser cuidadoso ao escolher o código, como usar letras maiúsculas e minúsculas; salvar a palavra em lugares que não são acessíveis a outros; e monitorar a atividade em suas contas”, sugere Andrey Kostin, analista de malware da Kaspesky Lab. 


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