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Estado de Minas

Site tem maneira fácil, simples e direta de acompanhar o trabalho dos parlamentares


postado em 30/08/2012 13:26

Um projeto de lei de um representante de Minas Gerais no Senado propõe a nomeação de um trecho de uma BR mineira. Cerca de 90% do público de Minas – no site Vote na Web (votenaweb.com.br) – vai contra a proposta, mas ela é aprovada. Esse tipo de comparação crítica é uma das muitas possibilidades trazidas pelo site Vote na Web, ferramenta lançada em 2009 por Fernando Barreto, sócio-fundador da Webcitizen, durante o TEDX São Paulo.

O objetivo é oferecer ao cidadão uma maneira mais fácil, simples e direta de acompanhar o trabalho dos parlamentares. A equipe, formada por profissionais de direito e comunicação, reúne os projetos de lei (PL) do Congresso Nacional e faz uma espécie de tradução do texto, tornando o conteúdo mais compreensível para o cidadão. “Às vezes tem PL com 12 páginas e a proposta, em si, tem um parágrafo. Há vários PLs repetidos ou até irrelevantes”, explica Barreto. Além de acompanhar o trabalho do Congresso, o usuário pode interagir votando simbolicamente a favor ou contra. O resultado é visualizado em gráficos simples.

O site é dividido em áreas de destaque, arquivo, políticos e meu perfil. Segundo Barreto, há duas funções principais do Vote na web. A primeira é verificar se há coerência entre a votação dos representantes do estado com o desejo do cidadão. A outra é, baseado nos dados do perfil do usuário, gerar uma lista ou histórico de afinidades. “Você sempre vota no partido X, mas é o Y que aprova as suas demandas. A ideia é educar o cidadão, ajudá-lo a escolher melhor os seus candidatos”, explica Barreto.

O site relacionou o último projeto de cada parlamentar na Casa e, a partir daí, a equipe tentou colocar todas as propostas apresentadas no portal. Inicialmente, não era enviado nenhum relatório sobre as votações aos parlamentares. Hoje, os próprios deputados pedem para ver os resultados das enquetes do site. “Teve deputado que pediu para retirar o projeto de votação no site, porque ele estava sendo muito criticado”, relembra Barreto, explicando que, claro, não atendeu o pedido.

Em breve, o site deve abordar os municípios, mas antes é preciso reescrever os códigos. Pelo processo natural, as cidades maiores devem ser as primeiras da lista. Há duas semanas, a plataforma se vinculou também ao Facebook. A novidade trouxe um maior número de acesso ao endereço eletrônico. “O usuário vê que o amigo da rede social votou em tal projeto e acaba participando também. O poder de influência entre membros do Facebook é grande”, descreve o idealizador.

Baixa renda
Para Barreto, a internet é um meio que proporciona infinitas oportunidades e serve como base fundamental para a chamada “webcracia”, na qual os cidadãos encontram ferramentas, aplicativos e plataformas que potencializam o exercício da democracia. Fernando Barreto acredita que não demora para que pessoas hoje sem acesso à internet consigam meios para utilizar a web. Ele conta um caso de uma cidade pernambucana onde havia um único posto de inscrição para uma campanha do governo voltada à moradia para pessoas de baixa renda. Como a fila estava gigantesca, foi permitido o cadastro também on-line. Em apenas uma semana, a inscrição virtual recebeu cinco vezes mais cadastros. “As pessoas moravam em favelas e preferiram recorrer aos PCs de lan houses do que pegar um ônibus. Hoje as lan houses são consideradas as novas praças de convivência”, ressalta Barreto. Segundo ele, se as comunidades se mobilizarem, assim como aconteceu com o Ficha Limpa, é possível fazer pressão popular por meio da internet.

 


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