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Estado de Minas O APARELHO CERTO PARA A HORA CERTA

Convivência entre equipamentos é necessária, pois todos têm sua utilidade e se completam


postado em 01/09/2011 11:01 / atualizado em 01/09/2011 13:27

A família de Geraldo Luís Barbosa é exemplo de uma realidade que se consolida no mundo: tecnologia suprindo todas as demandas(foto: Shirley Pacelli/EM/D.A Press)
A família de Geraldo Luís Barbosa é exemplo de uma realidade que se consolida no mundo: tecnologia suprindo todas as demandas (foto: Shirley Pacelli/EM/D.A Press)

São Paulo
Para comprovar que os desktops ainda têm grande espaço no mercado da computação, Shmuel Mooly Eden, vice-presidente e gerente geral do PC Client Group da Intel, afirmou durante a conferência anual da empresa, realizada na semana passada, em São Paulo:“Estamos vendendo 1 milhão de PCs por dia.” Para fundamentar a afirmativa de que esse mercado continua ascendente no mundo todo, Mooly apresentou dados de um estudo da Gartner, empresa mundial de pesquisas. Segundo o levantamento, a América Latina é um dos grandes vetores atuais de crescimento, especialmente o Brasil, que conquistou a terceira posição no ranking de maiores mercados de computadores pessoais no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Esse boom, de acordo com Mooly, é impulsionado pela classe média emergente do país, que fortaleceu seu poder de compra.

Apostando nessa realidade, a Intel deve oferecer, ainda este ano, a categoria de dispositivos Ultrabook. Os modelos superfinos, com cerca de 20mm de espessura, oferecem recursos de mobilidade dos netbooks, com aplicações dos tablets e desempenho dos notebooks. Imagens ultranítidas, tempo rápido de inicialização (entre três e quatro segundos) e maior vida útil da bateria são alguns dos recursos do lançamento. Além disso, a categoria vai priorizar a proteção da identidade. Se alguém roubar o seu aparelho, você pode torná-lo inacessível aos criminosos por meio de um comando via web. “Eu nunca vou esperar pelo meu computador, ele vai esperar por mim”, brincou Mooly, destacando a criação de uma nova geração de PCs. O primeiro exemplar a ser vendido será o Asus UX21.


Para Nesley Daher, pranchetas digitais atendem situações específicas(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Para Nesley Daher, pranchetas digitais atendem situações específicas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Para todos os usos
Se os lançamentos da Intel forem realmente úteis e inovadores, com certeza famílias como a de Geraldo Luís Barbosa os levarão para casa. A filha Emilayne Nathalya Costa, 20 anos, estudante de direito, já alivia os braços do peso do seu Vade mecum impresso (espécie de bíblia do curso, que reúne os códigos de leis do país) consultando a versão da obra no seu iPod touch. “Se tiver reforma no Código Civil, o dispositivo me avisa e faz a atualização gratuita. O livro custa R$ 120. Para os trabalhos da universidade uso um mininotebook”, detalha a estudante.

No dia a dia, o iPhone é o companheiro de Geraldo, enquanto o iPad fica em casa, sob os cuidados da esposa, Elaine Maria da Costa, para consultas rápidas à programação do cinema ou contas bancárias, além de leitura de conteúdos diversos. Ao notebook ficaram reservadas todas as outras funções, como edição de documentos office e back up de arquivos.

“No smartphone eu tenho agenda e não preciso andar com dezenas de cartões de visita. O tablet serve para pequenas anotações, mas não tem ergonomia. A vantagem é que ele é um computador, que fica ligado o dia todo. Para pesquisas rápidas, é ideal. Se fosse escolher somente um deles ficaria com o laptop, porque é completo, mais essencial. O iPad é complementar, apesar de ter muita utilidade”, tenta explicar o engenheiro, que acredita, na verdade, que cada um serve a uma finalidade diferente. “Até o PC tem a sua utilização mais adequada.”

César Adriano acredita que a era agora é de laptops mais poderosos(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
César Adriano acredita que a era agora é de laptops mais poderosos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Como será - Apostas de Shmuel Mooly Eden para os PCs do futuro
Busca como o cérebro
» Quem nunca perdeu um arquivo no próprio PC que atire a primeira pedra. Uma forma interessante de localizar documentos no computador, proposta por Mooly, funciona semelhantemente ao cérebro humano. Se as lembranças vêm separadas por localidade, data ou rostos conhecidos, é possível buscar músicas, fotos e vídeos dessa maneira. No sistema de testes proposto pela Intel você não precisa nem mesmo saber o diretório em que o arquivo está armazenado.
Avatar
» Já pensou em ir a uma loja e experimentar os diferentes modelos de vestidos por meio do seu avatar? Essa é só uma das possibilidades de interação do uso de imagens 3D em ambientes virtuais. Na demonstração da Intel durante o encontro em São Paulo, os avatares repetem gestos e falas do usuário em tempo real. Jogos e atendimento no comércio poderiam utilizar a ferramenta.
Produção caseira
» São muitas as pessoas que hoje fazem vídeos e postam na rede. Gravar ficou fácil com a popularização das câmeras digitais. O impasse fica por conta dos cortes e tratamento de imagens, dificultados por softwares complicados. A Intel está desenvolvendo um programa de edição de vídeos que com apenas um comando transformaria seis minutos em um minuto de conteúdo. Tudo simples e rápido.

Estamos vendendo 1 milhão de PCs por dia - Shmuel Mooly Eden, vice-presidente da Intel(foto: Fernando Siqueira/Divulgação)
Estamos vendendo 1 milhão de PCs por dia - Shmuel Mooly Eden, vice-presidente da Intel (foto: Fernando Siqueira/Divulgação)
Tablets, só mais uma modinha?
Uma pesquisa, divulgada esta semana, indica estar havendo uma substituição dos computadores por dispositivos móveis. Segundo o levantamento, somente 4% a 5% das pessoas que usam PCs hoje precisam realmente deles. Essa tendência foi apontada pelo pesquisador americano Jeff Cole, da UCLA e da USC Annenberg School of Communication & Journalism. Para ele, vantagens como a rápida inicialização dos tablets e a facilidade de manuseá-los se sobressaem aos recursos oferecidos pelos computadores pessoais.

Nesley Daher, 41 anos, professor de engenharia de software, banco de dados e programação de computadores na PUC Minas, acredita que as pranchetas digitais atendem aspectos que não são o viés dos notebooks e desktops. “Elas servem bem para usuários com aplicações de leitura, visualização de fotos e acesso a contas bancárias. Para um profissional que precisa de um sistema aberto para usar programas variados, não atendem de forma satisfatória”, considera o professor.

Daher acredita que não é possível, ainda, falar na supremacia dos tablets. “A miniatuarização é uma tendência sem volta, mas a fatia dos laptops não deixará de existir. Eles são uma tentativa de encontrar um meio termo entre celulares e notebooks. Vieram para ficar, mas a tendência é ter uma mudança, não substituição de estrutura”, explica.

Para César Adriano de Oliveira, 43 anos, professor coordenador do projeto Informática e Tecnologia do Coltec/UFMG, os tablets viraram modismo, artigos de consumo, como os smartphones. Ele acredita que estamos entrando na fase de notebooks cada vez mais poderosos e finos, tão portáteis quanto os tablets, mas com melhor capacidade.

Se entre os profissionais do ramo já virou consenso que, apesar das previsões, não podemos falar no fim da era dos computadores pessoais, a questão atual a se debater é qual o espaço a ser ocupado pelas pranchetas digitais e em que elas devem influenciar os novos PCs.

Ponto para quem pensou no fortalecimento dos híbridos, com menos recursos agregados, como drives de CD e DVD, e maior portabilidade. Com a crescente forma de armazenamento em servidores on-line, os dispositivos tendem a ficar ainda mais finos: fotos, músicas e documentos na nuvem. Outra possibilidade é a memória flash, em vez dos conhecidos discos rígidos (HDs). Apesar de mais cara, é menor e mais rápida.

Mas para ter dispositivos que chegam a passar por debaixo de portas é preciso integrar quanto mais componentes puder em uma única placa. O grande problema é que, dessa forma, os aparelhos se tornam praticamente descartáveis, pois são mais difíceis para o reparo. Isso gera uma maior quantidade de lixo eletrônico.

HP vende divisão de PCs
Se por um lado a Intel investe cada vez mais milhões de dólares no ramo dos PCs, a HP, cliente próspera dos processadores da empresa e líder mundial no setor, anunciou a possibilidade de venda de sua divisão de computadores pessoais. No dia 18, a HP divulgou tanto o fim da produção de smartphones e tablets que rodam o sistema WebOs, que não fizeram muito sucesso no mercado, quanto o interesse em reestruturar a companhia. A novidade é a concentração dos investimentos no setor de softwares, que é mais lucrativo. Como primeira ação desse projeto, a empresa comprou a Autonomy, fornecedora de programas para busca e acesso a dados não estruturados, por US$ 10,3 bilhões.


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