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Estado de Minas

Sonda viaja para desvendar Júpiter

Impulsionada por energia solar, Juno inicia, na sexta-feira, odisseia de cinco anos em direção ao planeta que intriga astrônomos


postado em 02/08/2011 08:33

Imagem divulgada pela Nasa da perspectiva da sonda de exploração espacial junto ao planeta a ser investigado(foto: Nasa)
Imagem divulgada pela Nasa da perspectiva da sonda de exploração espacial junto ao planeta a ser investigado (foto: Nasa)

Washington (EUA) – A Nasa se prepara para lançar, esta semana, a sonda de exploração espacial Juno em direção a Júpiter, a fim de tentar melhor compreender como se formou este enorme planeta gasoso e, por extensão, "qual é a receita de fabricação dos planetas". A sonda impulsionada por energia solar, avaliada em US$ 1,1 bilhão, deve iniciar, na sexta-feira, uma odisseia de cinco anos em direção ao mais maciço dos planetas do sistema solar. O nome Juno representa aquela que, na mitologia romana, é ao mesmo tempo mulher e irmã de Júpiter.

O planeta intriga os astrônomos porque poderia ser o primeiro a ter sido formado no sistema solar. “Quando o Sol se formou, recuperou a grande maioria de seus restos", resumiu Scott Bolton, principal cientista do programa Juno e membro do Southwest Research Institute em San Antonio, no Texas, Estados Unidos. "É por isso que é tão interessante para nós: se quisermos voltar no tempo e compreender de onde viemos e como os planetas apareceram, o segredo está com Júpiter. Então, queremos conhecer a lista dos ingredientes, descobrir a receita de fabricação dos planetas", disse Bolton.


Em 1989, a Nasa lançou a sonda Galileo, que entrou em órbita em torno de Júpiter em 1995 e se desintegrou mergulhando no planeta em 2003. Outros engenhos espaciais da Nasa, como os Voyagers 1 e 2, Ulysses e New Horizons, também se aproximaram do quinto planeta partindo do Sol. Mas, desta vez, "vamos chegar mais perto de Júpiter que nenhuma outra nave espacial", destacou o cientista.

"Estaremos, apenas, a 5.000 quilômetros sobre a crista das nuvens e mergulharemos, também, sob os circuitos de radiações (de Júpiter), o que é muito importante porque constituem a região mais perigosa do sistema solar, exceto se quisermos ir reto, em direção ao próprio Sol", acrescentou Bolton. Segundo Jan Chodas, diretora do projeto Juno pelo Laboratório da Nasa na Califórnia, a viagem não será feita em linha reta. "Contornaremos a órbita de Marte, fazendo duas grandes manobras no espaço." Em seguida, Juno voltará à Terra, em outubro de 2013. Sua previsão de chegada por aqui é julho de 2016. A sonda vai usar instrumentos, entre eles alguns fornecidos por Itália, França e Bélgica, parte de parceria com a Agência Espacial Europeia.

Água e elementos
Duas experiências significativas consistirão em tentar avaliar a quantidade de água que o planeta contém e determinar se "há um núcleo de elementos pesados em seu centro, ou se é composto apenas de gás", explicou Bolton. Os cientistas procuram, também, saber mais sobre os campos magnéticos de Júpiter e sobre sua mancha vermelha, local de uma tempestade que causa furor há mais de 300 anos. Os EUA preparam uma série de missões de estudos do sistema solar: a Grail, que deve ser lançada em direção à Lua em setembro, e o Mars Science Laboratory, para desenvolver estudos em marte, a partir de novembro. "Essas missões são concebidas para responder a algumas das questões mais complexas que envolvem a ciência dos planetas: o que diz respeito a nossas origens e a evolução do sistema solar", diz Jim Green, diretor da divisão da Nasa que estuda os planetas.

Observação no museu
O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB) promove amanhã a 16ª edição do projeto Quarta Crescente, de observação astronômica, a partir das 18h30. A ideia é oferecer à população de Belo Horizonte a oportunidade de ter contato com os conhecimentos da astronomia por meio de atividades de ensino e lazer. Idealizado pelo professor e especialista em astrofísica Renato Las Casas, do Grupo de Astronomia do Instituto de Ciências Exatas da UFMG (ICEx), o projeto ocorre uma vez por mês – de abril a setembro – nas quartas-feiras de lua crescente. Nesta edição, haverá a palestra Multimídia: os primórdios da física quântica, apresentada pelo professor Fernando Augusto Batista. O público também pode participar do laboratório interativo sobre espectros e observar astros e estrelas por meio dos telescópios. A entrada custa R$ 4. O museu fica na Rua Gustavo da Silveira, 1.035, Bairro Santa Inês.


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