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Estado de Minas

Também a casa ficou inteligente

Além de conforto, comodidade e segurança, automatização virou ainda sinônimo de economia


postado em 28/07/2011 11:22

Natan Nogueira Rijhsingnani, diretor da HiFi, controla vários ambientes da casa com seu iPad:
Natan Nogueira Rijhsingnani, diretor da HiFi, controla vários ambientes da casa com seu iPad: "Os comandos podem ser acionado mesmo que o usuários esteja fora do país" (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)

Os investimentos mundiais no mercado de automação residencial devem crescer, até 2015, mais de 33%, chegando a US$ 9,5 bilhões – quase US$ 7 bilhões a mais do que o registrado no ano passado, de acordo com a consultoria Berg Insight. A previsão da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside) é de que, até o fim do ano, serão movimentados R$ 200 milhões no Brasil com a implantação desses serviços em prédios e casas.

O crescimento das chamadas casas inteligentes vem acompanhado da melhor situação financeira da população, que agora investe em televisores de LCD, smartphones, tablets, entre outros aparatos tecnológicos. “Ficamos atrasados durante muito tempo. Tudo evoluiu, mas nossas casas não. Essa nova geração que está comprando uma residência já nasceu conectada, tem a tecnologia no DNA e começa a requisitar o sistema”, afirma Renato Oliveira, diretor comercial da iHouse, empresa com sede em São Paulo e com revendas em todo o Brasil, especializada em soluções de automação residencial. “A pessoa sai de um mundo todo conectado, no trabalho, por exemplo, e chega em casa, onde ainda se tem que abrir a porta com uma chave”, ressalta. Entre os produtos da empresa que mais fazem sucesso está o Smartdoor, aparelho que permite a abertura das portas por identificação da impressão digital (leitura biométrica) ou por senhas numéricas programadas.

(foto: IHouse/Divulgação )
(foto: IHouse/Divulgação )
A automação é uma tendência sem volta, o que tem levado as construtoras a incluir tais serviços em seu projetos. Além de representar mais conforto, também o fator economia é levado em consideração na hora de idealizar um empreendimento. Prédios com amplas áreas de lazer pagam valores elevados para garantir a manutenção dos ambientes comuns, principalmente com água e energia. Melhor aproveitamento dos recursos ou gestão mais eficiente amenizam bem a situação. Controlar a iluminação, a irrigação dos jardins, o ar-condicionado e o aquecimento da piscina são exemplos que podem evitar desperdício e reduzir custos. Softwares que controlam ações cotidianas, como ligar e desligar luzes, aquecedores, sistemas de irrigação, elevadores e iluminação externa, já são adotados regularmente por empreiteiras. “O sistema funciona a partir de um programa no qual o funcionário tem acesso a todos os dados do edifício podendo, assim, controlar o uso de serviços na hora certa”, explica Adriana Bordalo, diretora comercial da RKM, construtora belo-horizontina de apartamentos de luxo. “Os moradores podem utilizar todos os recursos das áreas comuns e, se algum dispositivo ficar ativo por muito tempo, o sistema emite um alerta, que é enviado ao computador do funcionário para verificação do uso correto dos recursos.”

Projetos
Independentemente das ferramentas de automação adotadas pelo edifício, o morador pode definir o que pretende instalar em sua casa de acordo com suas necessidades e aspirações. São vários módulos oferecidos por empresas especializadas permitindo ao usuário, via iPad, iPhone ou outros smartphones e tablets, controlar sistemas de áudio e vídeo, TV, DVD, home theater, a iluminação da casa e o ar-condicionado, entre outras funções. Assim, torna-se possível alterar a temperatura, subir e abaixar a cortina, colocar a música preferida e selecionar pontos de iluminação da casa para criar um ambiente ideal, apenas tocando no aplicativo instalado na prancheta eletrônica ou no smartphone. “Nos projetos que propomos, usamos geralmente um software de gestão e os módulos de soluções da empresa mineira Neocontrol. Com isso, podemos automatizar todos os ambientes de uma casa levando conforto, comodidade, segurança e até possibilidades de economia ao cliente”, afirma o engenheiro de automação Daniel Sangiorgi Salles, da empresa DH Link.

Dependendo do que o cliente quer, os custos com um projeto podem chegar a altas somas. Um sistema em condições de apenas controlar a iluminação de uma sala (quatro pontos) e as cortinas (dois pontos), usando controle remoto ou teclado de parede, fica em torno de R$ 5 mil, segundo informa Natan Nogueira Rijhsingnani, diretor responsável pela área de automação da HiFi. Acrescentando aí módulos de controle do home theater e do ar-condicionado, já comandados via dispositivos wireless, o preço sobe para cerca de R$ 25 mil. “Um projeto pode chegar a R$ 200 mil, caso a opção seja por controlar a casa inteira”, revela Natan Nogueira, lembrando, porém, que geralmente o cliente procura abranger as áreas sociais de sua casa, onde costuma receber visitas. “Hoje, como as salas são grandes e formam ambientes divididos por móveis, a automação controla partes do espaço de acordo com necessidades específicas”, explica.

A maioria dos projetos para deixar a casa inteligente usa os smartphones e tablets para controlar os objetos. Pensando nesse mercado, o Google apresentou o Android@Home (lê-se Android at home, ou Android em casa, em português). Com o sistema do gigante das buscas, será possível controlar todos os eletrodomésticos – como a máquina de lavar roupa e a lava-louças –, além dos aparelhos de som, luzes e até mesmo de irrigação, por meio de um aplicativo. O projeto ainda está em desenvolvimento, mas o Google já conta com dois parceiros. A Lighting Science Group, empresa fabricante de lâmpadas LEDs, anunciou que até o fim do ano terá a primeira lâmpada compatível com o Android@Home. A Hasbro, companhia que produz brinquedos, deve fabricar robôs controlados pelo sistema – robôs, aliás, que reconhecem até o humor do usuário. Para o diretor da HiFi, a automação é capaz de fazer tudo. Basta, para isso, que existam os equipamentos. “Você já pode abrir e fechar as cortinas da sua casa, de acordo com o sol, estando na Europa. Outras coisas, como controlar quantidades de alimentos numa geladeira, será possível quando houver um eletrodoméstico próprio para isso. Por conta simplesmente da automação, isso é totalmente viável”, garante.

Energia sem fios

Um sistema de eletricidade promete revolucionar tarefas simples como recarregar o telefone celular. A WiTricity, empresa norte-americana, lançou uma tecnologia que permite transferir, sem fios, a energia elétrica para equipamentos eletrônicos e até mesmo automóveis movidos a bateria. A tecnologia abriu os olhos de Steve Jobs, que patenteou a “energia sem fio utilizada em um ambiente para computadores”, mas que deve ser a nova forma de recarga dos aparelhos da empresa daqui a alguns anos.

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