(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Leves como pluma

Alunos agradecem menor peso nas mochilas e mais agilidade no aprendizado, com tablets. Profissionais liberais são seduzidos por programas em nuvem para equipamentos móveis


postado em 30/06/2011 10:27 / atualizado em 30/06/2011 10:33

Shirley Pacelli

Tabela periódica interativa, experiências de física em 3D e aulas de história gravadas em áudio. Esses são só alguns dos benefícios do uso do tablet na escola apontados por Naiara Brás de Melo Lima, de 17 anos, estudante do 2º ano do ensino médio no Colégio Batista. A jovem ganhou um iPad no início de 2011 e, por enquanto, é a única a utilizá-lo em sua turma.

Filosofia, inglês e espanhol são as disciplinas em que o uso da prancheta digital é mais recorrente, por meio de pesquisas. “As professoras mandam apresentações em Power Point com a matéria para o e-mail e acompanho pelo iPad. É leve, prático, não precisa levar aquele tanto de livros. Tenho até dicionário nele”, completa Naiara.

Na sala de aula não tem conexão wireless, por isso a aluna planeja no dia anterior o que vai precisar e baixa todos os arquivos ou mesmo aplicativos para seu tablet. A vigilância dos professores com o aparelho é a mesma com o uso dos smartphones em sala. O iPad tem que ficar em cima da mesa e a verificação do seu uso é constante. Apesar disso, quando há intervalos livres, a estudante aproveita para jogar Pacman com os amigos.

No 1º ano do ensino médio da mesma instituição, João Pedro da Silva, de 15, também leva o seu iPad para as aulas. O caderno do estudante virou material exclusivo das operações matemáticas. “Até dá para fazer as contas utilizando a caneta própria para tablet, mas é mais lento no aparelho”, justifica o aluno. No entanto, nem tudo são desvantagens quando se relaciona iPad e números. João Pedro, que faz paralelamente o curso técnico de informática, economizou algumas centenas de reais ao utilizar a calculadora científica – disponível na prancheta – para as atividades de matemática aplicada. Ele também está criando sua própria biblioteca digital, que já conta com 30 livros.

Um comitê de tecnologia foi criado no Colégio Batista para monitorar os alunos que fazem uso dos tablets durante as aulas. O grupo ainda é pequeno, formado somente por quatro adolescentes que são coordenados pelo professor Levi Madureira. Ele ressalta que os estudantes estão passando por uma fase de experiência em que são analisados os pontos positivos e negativos do aparelho no ambiente escolar.

“Como adaptar esse recurso de maneira que seja útil? A questão crucial é a maturidade dos alunos para que o tablet venha a somar e não dispersar”, ressalta Madureira. Até o momento, existe uma relação de confiança entre os professores e os estudantes e não foi feita nenhuma reclamação da má utilização dos aparelhos em sala. Aliás, os mestres também estão aproveitando o novo recurso para solicitar outras informações a estes alunos durante as aulas.

Nativos digitais
Já na Escola Efigênia Vidigal, da Rede COC, a proposta de um computador por aluno acompanha os avanços tecnológicos e o netbook dá lugar aos tablets ainda essa semana. A novidade chegará, por enquanto, a cerca de 80 alunos do 1º ano do ensino médio na unidade Buritis. Segundo André Cefali, diretor-geral, a mudança se justificou pela praticidade do manuseio das pranchetas. “Elas ocupam menos espaço, o acesso à rede é muito mais rápido e não precisamos de grande capacidade de armazenamento”, complementa o diretor.

Os tablets escolhidos são de uma marca francesa e as configurações do antigo sistema do netbook só migraram para o novo aparelho. A expectativa dos estudantes é grande e, de acordo com Cefali, não serão necessárias grandes adaptações para utilização da nova ferramenta, afinal, esses jovens “são nativos digitais”.

  • Tags
  • #

receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)