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Estado de Minas

Saque de mestre

Astros da atualidade e ídolos do passado se enfrentam na quadra virtual em um simulador quase tão exigente quanto o próprio tênis


postado em 21/04/2011 11:20 / atualizado em 21/04/2011 11:24

Modelos digitais têm traços fiéis à realidade, bem como estilos de jogo que repetem o da vida real, como os golpes de Federer (foto: Fotos: 2K Sports/Divulgação)
Modelos digitais têm traços fiéis à realidade, bem como estilos de jogo que repetem o da vida real, como os golpes de Federer (foto: Fotos: 2K Sports/Divulgação)
Há algum tempo, os jogos esportivos se dividem em duas categorias bem distintas: os simuladores e os arcades. O primeiro tipo preza por uma experiência real, baseada na captura fiel dos movimentos do esportista. Jogos como Gran Turismo, Fifa e UFC Undisputed se encaixam bem nessa classificação. A segunda categoria, de games como Pro Evolution Soccer, Virtua Tennis e Burnout, é voltada diretamente para a diversão, sem muita preocupação com a realidade.

Quando se joga Top Spin 4, com menos de cinco minutos fica claro a que grupo o jogo pertence. A dificuldade em aprender a bater na bola e a controlar o jogador faz dele um dos títulos esportivos mais complexos do mercado. Mas nem por isso deixa de ser uma ótima escolha para quem aprecia o tênis em formato digital.

Contar com os principais nomes do esporte é algo essencial para promover o jogo. Além disso, desenvolver modelos digitais fiéis faz uma grande diferença na hora de jogar. Os tenistas mais famosos da atualidade estão lá: Rafael Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic, grandes nomes do rol masculino. Pelo lado das mulheres, Serena Williams, Caroline Wozniacki e Ana Ivanovic fazem as honras. A novidade fica por conta das lendas que aparecem no jogo como uma opção inicial. Andre Agassi, Boris Becker e Pete Sampras  dão ainda mais brilho ao estrelado elenco de Top Spin 4.

Cada um desses atletas tem, em seus modelos digitais, traços parecidos e um estilo de jogo compatível com a vida real. Os golpes bem executados e comportados de Federer serão reconhecidos rapidamente por aqueles que conhecem o jeito de jogar do suíço, da mesma maneira que a correria, a raça e a força de Nadal ficam expressas a cada passo dado dentro de quadra.

CONTROLES precisos Ainda que as animações sigam exatamente o que os tenistas fazem em quadra, a 2K poderia ter caprichado mais nas feições. O mesmo pode se dizer da plateia que, como de costume, é um conglomerado de pixels com poucos e repetitivos movimentos.

 

Como ocorre em todo jogo de esporte, é na jogabilidade que os desenvolvedores gastam mais tempo de trabalho. Afinal, controles precisos e um modo simples de jogar fazem um título ter sucesso. E nisso Top Spin 4 não deixa a desejar. Tal qual os outros três jogos da série, leva-se algum tempo para se acostumar com os comandos e o tempo correto para bater na bola. Depois de algumas horas jogando, não há quem não vicie e passe o restante do dia tentando vencer todos os torneios disponíveis no modo carreira.

Assim que o jogo começa, Roger Federer está sob o controle do jogador com uma máquina de lançar bolas do outro lado da quadra. Com isso, sem nem mesmo ter apertado o botão de início, é possível começar a aprender como se joga tênis em Top Spin. O controle e o tempo da bola vão muito além de apertar o botão na hora certa. Escolher o efeito certo em um momento específico do ponto pode fazer toda a diferença. Ao dividir os estilos de golpes pelos quatro botões do controle, Top Spin 4 permite ao jogador decidir por uma bola mais fraca, com efeito, alta ou com grande força. Isso faz com que a partida se pareça ainda mais com um verdadeiro jogo de tênis.

Ao deixar de lado o simples bate- rebate, o game faz com que grandes trocas de bola sejam comuns e aticem muito mais a rivalidade de quem está jogando. E nas disputas mais longas dá para perceber o bom trabalho sonoro feito com a plateia, que reage intensamente a cada bola trocada. Por outro lado, a escolha das músicas nos menus e intervalos deixa a desejar. Todas as faixas são cansativas e enfadonhas, fazendo com que ao menor sinal de transição ou replay, o jogador já queira avançar a cena.

Isso fica claro no modo King of the court (rei da quadra), em que é possível colocar até quatro jogadores para disputar um minitorneio, sem precisar voltar à tela principal. Entre os modos de jogo, o que sofreu maior alteração foi o de carreira. Com uma infinidade de possibilidades para caracterizar um tenista original, a 2K permite desde a mudança do espaço entre os olhos até o tamanho da mandíbula do personagem.

Começar como um iniciante e aos poucos se tornar o número um do mundo é o grande barato do jogo. No entanto, a tarefa está longe de ser simples. Mesmo que não dure mais de 15 horas para alcançar o topo, cumprir os objetivos e ganhar pelo menos todos os Grand Slam é uma conquista para poucos. Caso se jogue em um modo de dificuldade mais elevado, o treinamento e o ganho de experiência será fundamental para passar até mesmo da primeira fase de um grande torneio.

A série Top Spin talvez seja a melhor representante atual de um simulador de tênis. Assim como na realidade, esse esporte requer prática e muita dedicação. Top Spin 4 leva isso ao pé da letra, mas também faz com que novatos se sintam à vontade e possam aprender com rapidez. Há alguma dificuldade inicial para pegar o jeito de jogar, no entanto, quem gosta do esporte e não se importa com um pequeno desafio não vai se arrepender.

 

 

Top Spin 4
>> Produção: 2K Sports
>> Desenvolvimento: 2K Czech
>> Plataforma:
Xbox 360, PlayStation 3 e Wii
>> Número de jogadores:
1 (single-player) até
4 (multiplayer on-line)
>> Preço: R$ 199,90
 
Avaliação
Jogabilidade 5 estrelas
Entretenimento 4 estrelas
Gráficos 3 estrelas
Som 3 estrelas

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