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Estado de Minas

Evolução fez pênis do homem ficar maior e mais simples, sugere estudo


postado em 09/03/2011 18:06 / atualizado em 09/03/2011 18:34

O cérebro do homem é maior e seu pênis não tem mais as protuberâncias cornadas presentes entre os chimpanzés e outros mamíferos, devido à perda de sequências do DNA durante a evolução, segundo estudo publicado nesta quarta-feira. Tais mudanças poderiam, segundo os cientistas, ter favorecido a formação de casais monogâmicos e a emergência de estruturas sociais complexas permitindo criar os frágeis bebês humanos.

Como aconteceu isto? É o que procura descrever Gill Bejerano, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e sua equipe. "A morfologia simplificada do pênis" no homem teria favorecido "estratégias monogâmicas de reprodução entre os primatas", revelam os pesquisadores na revista científica britânica Nature.

A ausência na glande de protuberâncias de queratina, presentes entre muitos outros mamíferos, reduziu a sensibilidade táctil do pênis, e poderia aumentar a duração da cópula no homem, em relação a outras espécies, explicam. A sequência de DNA perdida pelo homem desempenhava igualmente um papel no desenvolvimento de pelos.

Uma outra região do DNA desaparecida no Homem estaria próxima a um gene (dito supressor de tumor) que impede o crescimento de neurônios numa região particular do cérebro. Este gene não podendo mais de expressar (produzir a molécula prevista), pôde contribuir para o desenvolvimento de um cérebro maior nos humanos.

A equipe de Gill Bejerano identificou 510 sequências de DNA ausentes no homem, mas amplamente conservadas entre os chimpanzés e outras espécies. Trata-se, essencialmente, de DNA que não fornece o programa de síntese de uma proteína. Este DNA perdido servia para controlar a expressão de genes próximos envolvidos nos sinais hormonais e nas funções do cérebro.

A perda de pequenas sequências regulatórias, mais do que os genes que elas controlam, pode acarretar mudanças muito sutis. "A maior parte, não a totalidade, destas regiões estão igualmente ausentes no genoma do Neandertal, o que indica que estas supressões de DNA aconteceram há mais de 500 mil anos", precisa David Kingsley, um dos autores do estudo.


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