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Estado de Minas

Ninguém mete a colher


postado em 13/11/2008 10:59 / atualizado em 08/01/2010 04:04

Jair Amaral/EM
Enquanto Pedro se tomou de amores pelo Linux, Priscila o acha menos prático do que o rival
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Para que um relacionamento seja duradouro, é preciso saber lidar com as diferenças. E se a vida tivesse um dual boot, tudo estaria perfeito. O recurso, que permite escolher qual sistema operacional usar, normalmente instalado em computadores com Linux para que os usuários optem entre o pingüim e o Windows antes de começar a trabalhar, é fundamental para o bom relacionamento do casal Pedro e Priscila Schettini. O funcionário público é adepto do sistema de código aberto, enquanto a estudante torce o nariz para as telinhas laranjas do Ubuntu.

Quando Pedro viu um micro rodando Linux na casa de um amigo, há dois anos, foi amor à primeira vista. De cara, os efeitos gráficos mirabolantes do sistema chamaram sua atenção, com transições divertidas para minimizar e fechar janelas como se fossem aviõezinhos de papel ou documentos em chamas. “Fiquei curioso e fui buscar informações no Google, que me socorre até hoje quando preciso aprender alguma outra funcionalidade do sistema”, diz Pedro.

É exatamente por isso que Priscila não adere: “Sou acostumada a mexer no Windows e tem funcionalidades que são diferentes no Linux. Para eu não precisar aprender a mexer com o Linux, acabo ficando com o Windows mesmo.” Ela acredita que o sistema de código aberto é menos prático que seu rival mercadológico.

O marido tem uma resposta: “O que é livre, criado com a contribuição de muitas pessoas, não é uma coisa pensada de forma mercadológica. Quem desenvolve o Windows tem a intenção de venda. O Linux não; a essência é justamente que as pessoas aprendam. Quem desenvolve o Linux espera que as pessoas realmente busquem e complementem a experiência”.

Apesar dos argumentos fortes, a tentativa de trazer a esposa “para o outro lado da força” não foi assim tão ferrenha: “Ele tentou me ‘converter’, mas vamos dizer que eu não estava muito aberta a ser convertida; ele se empenhou pouco também”, brinca Priscila. A convicção na defesa do Linux, por parte de Pedro, também esbarra em um único porém: na hora de jogar games no computador, ele se rende ao “outro sistema operacional”. Ainda não há compatibilidade. Viva o dual boot.-->


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