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Estado de Minas

Mais do que só diversão

Violência nos jogos, de lazer ou educativos, será discutida na próxima semana em BH


postado em 06/11/2008 13:18 / atualizado em 08/01/2010 04:06

Jackson Romanelli/EM/D.A Press
Estudantes da UFMG demoraram perto de dois meses para criar game que será apresentado no encontro
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Não é porque são coloridinhos e têm trilhas divertidas que os jogos eletrônicos não devem ser levados a sério. Para quem duvida, Belo Horizonte recebe, na próxima semana, a sétima edição do SBGames, um dos principais eventos de pesquisa e desenvolvimento de jogos de entretenimento digital da América Latina. A idéia é fomentar a troca de idéias entre estudantes, professores, artistas, designers e empreendedores de diversas universidades, centros de pesquisa e da indústria de jogos.

“Eventos assim são fundamentais na percepção dos jogos digitais como uma área de pesquisa, e não simplesmente aquela relação simplista com os videogames propriamente ditos”, afirma Rosilane Mota, do curso de jogos digitais da PUC-Minas, co-organizadora do evento. “Como em BH o setor ainda é muito incipiente, é uma forma de fomentar, dar visibilidade, mostrar que tem muita gente, inclusive recém-formados, trabalhando e que esse é um mercado que tem condições para crescer”, emenda Luiz Chaimowicz, outro co-organizador, do curso de ciência da computação da UFMG.

O grande apelo do evento está nos palestrantes de renome internacional convidados: Michael Foster (Sony), Ido Iurgel (CCG / Universidade do Minho), Bertrand Chaverot (Ubisoft), Ben Goertzel (Novamente / Vetta Labs) e John Nordlinger (Microsoft Research). O eixo condutor das apresentações é justamente a aproximação entre academia e mercado, de acordo com Rosilane Mota. “Embora a comunicação seja facilitada com a web, nada como o contato presencial para estabelecer proximidade entre os envolvidos”, diz a professora.

SBGames/Divulgação
Em Chamelon, trabalho desenvolvido pelo grupo, os jogadores lidam com coloridas bactérias em ambiente aquático

Outra bandeira levantada pelo SBGames é a da multidisciplinaridade, como Luiz Chaimowicz explica: “Para que um jogo seja realizado, é preciso esforço de programadores, roteiristas, designers e artistas”, considera. O formato do simpósio tenta refletir essa pluralidade, com áreas específicas: computação; arte e design (com a apresentação de trabalhos acadêmicos); indústria (painéis e seminários com representantes de empresas); e jogos & cultura.

“Essa última trilha discute os efeitos e funções sociais dos jogos”, diz Chaimowicz. Isso inclui temas polêmicos, como os impactos da violência eletrônica na formação de crianças e jovens. Por outro lado, também há espaço para discussões redentoras, como a união entre pedagogia e games com os jogos educativos, apontados como uma das promissoras fronteiras do setor.

Mas não é só de debate que o SBGames é feito. O festival de jogos independentes fomenta a produção inovadora para as mais diversas plataformas. Projetos de estudantes de várias universidades concorrem em categorias como PC, XNA, Flash e plataformas móveis. Um deles é o Chameleon, desenvolvido por grupo de estudantes da UFMG. Dineu Assis, Fábio Miranda, João Campelo, Marco Túlio Costa, Paulo Lafetá, (do curso de ciência da computação) e Thiago Rodrigues Souza (do curso de belas-artes) contaram também com a ajuda de Apolo Osornio (Faculdade de Ciências UNAM), do México, para complementá-lo.

“Ficamos quase um mês para pensar em uma idéia. E gastamos mais um mês trabalhando o código e fazendo a arte. Foi um processo difícil, porque ninguém tinha experiência”, conta Fábio. No Chameleon, os jogadores controlam pequenas bactérias coloridas em um ambiente aquático de game de tiros. No SBGames, o trabalho será submetido ao crivo dos participantes, que também experimentarão os jogos concorrentes. Depois de tanta preparação, a equipe, segundo Fábio, não esconde a ansiedade: “Agora é ver como o pessoal reage.”

UM ATRÁS DO OUTRO


Sem tempo nem para tomar fôlego! Na quinta-feira, o curso de jogos digitais abre as portas para 1º Campeonato de jogos da PUC-Minas. O árduo desafio proposto a alunos de ensino médio de escolas de BH e cidades próximas é a criação de jogos para tornar o estudo de matemática mais divertido. Para a elaboração dos games educativos, os alunos participarão de um mini-curso com os conceitos básicos oferecidos durante o curso de graduação tecnológica em jogos digitais. Cada um pode levar para casa seu próprio jogo.As inscrições serão feitas pelo e-mail ac.sg@pucminas.br ou pelo telefone (31) 3439.5200.-->


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