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Estado de Minas FUTSAL

Futsal se despede de Miltinho

Ex-jogadores que foram campeões com Miltinho no Atlético prestam as últimas homenagens ao treinador


postado em 23/08/2019 04:00 / atualizado em 22/08/2019 20:42

Miltinho foi campeão mundial e bicampeão da Liga Nacional de futsal com o Atlético e campeão da Taça Brasil comandando o Minas(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 16/7/00)
Miltinho foi campeão mundial e bicampeão da Liga Nacional de futsal com o Atlético e campeão da Taça Brasil comandando o Minas (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 16/7/00)


Comandante do time de futsal do Atlético campeão brasileiro e mundial no final da década de 1990, o treinador Milton Ziller, o Miltinho, faleceu na quarta-feira, aos 57 anos, em Passo Fundo (RS), e seu corpo será sepultado neste sábado em Guarulhos, sua terra natal. Sua morte foi consequência de um AVC sofrido na semana passada, e comoveu seu ex-comandados no Galo, que se solidarizaram com a família.

“É uma perda lamentável. Era um homem de caráter e o melhor técnico com quem tive a oportunidade de trabalhar”, disse o ex-ala Manoel Tobias, eleito o melhor do mundo por três vezes (2000/2001/2002).

O pivô Lenísio, que foi até Passo Fundo para ajudar a família de Miltinho neste momento difícil, diz que esta é uma das fases mais difíceis de sua vida. “Eu era uma espécie de filho mais velho dele. Sou grato a ele por tudo o que fez por mim. Foi quem me trouxe para o Atlético. Eu fazia parte da família dele, a mulher Márcia e os filhos. Ele me levava para todos os projetos que tinha. Eu só peço, agora, perdão a ele por não ter podido conviver mais na sua casa.”

O beque Piu levou um susto ao receber a notícia. Diz que o treinador foi importante pelos ensinamentos que lhe passou. “Quando cheguei ao Atlético, era muito novo. Revoltava-me com ele às vezes, no começo, por não entender o que pretendia. Mas, com o tempo, aprendi que ele queria o melhor para todos nós. Lembro-me de seu maior ensinamento, quando disse que quando ganhávamos, ali éramos os melhores. Mas que era somente o momento. Tudo passa, e uso isso dentro da minha empresa hoje. Passou a ser o meu lema.”

Véio, outro beque daquele time que encantou o país, diz que Miltinho foi mais que um técnico para ele. “Ensinou-me muito, e a todos nós. Ele sabia lidar com os problemas e as vaidades de cada um. Por isso tinha o grupo na mão. Por isso, fomos campeões. Era focado com tudo que diz respeito ao time.”

Miltinho comandou time de futsal do Atlético por cinco anos, levando a equipe às conquistas do título mundial (1998), ao bicampeonato da Liga Nacional (1997 e 1999) e ao troféu da Taça Brasil juvenil (1996). Foi também campeão da Taça Brasil com o Minas, em 2002. Atualmente, era o técnico do Marauense, equipe do Rio Grande do Sul.

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