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Estado de Minas

SEM REAGIR

Com reservas, Cruzeiro volta a perder no Brasileiro, acumula nove jogos sem saber o que é vencer, enfrenta jejum histórico de gols e corre risco de queda para o Z-4


postado em 28/07/2019 04:21

O ex-celeste Jonathan abriu o placar para o Athletico no 2 a 0 no Mineirão: equipe de Mano não balança as redes há cinco partidas(foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
O ex-celeste Jonathan abriu o placar para o Athletico no 2 a 0 no Mineirão: equipe de Mano não balança as redes há cinco partidas (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)

Renan Damasceno

O Cruzeiro continua sem repetir no Brasileiro os bons resultados que vem alcançando em competições de mata-mata. Classificado às quartas de final da Copa do Brasil, superando o maior rival, Atlético, e com a vantagem de ter empatado sem gols contra o River Plate no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, em Buenos Aires, a Raposa pode terminar a 12ª rodada do Nacional na zona de rebaixamento. Ontem, jogando com time reserva, o Cruzeiro perdeu para o Athletico por 2 a 0, no Mineirão, permanecendo com 10 pontos, na 16ª colocação. Hoje, corre o risco de entrar na zona da degola caso a Chapecoense, que tem 8, vença o Bahia, às 11h, na Arena Condá.

O time do técnico Mano Menezes chegou a nove jogos sem vencer no Brasileiro – tem apenas duas vitórias. O último triunfo foi contra o Goiás, por 2 a 1, no Mineirão, em 5 de maio, pela terceira rodada. Desde então, perdeu quatro e empatou dois antes da parada para a Copa América. Na volta, empatou com Botafogo e Bahia e ontem saiu derrotado pelo Athletico, que jogou com time principal.

Mano Menezes avaliou o revés como dentro da normalidade pelo nível das equipes que foram a campo. “Quando o Athletico decidiu entrar com time titular e a nossa equipe toda reserva, alguém achar que o Cruzeiro não teria dificuldade é porque não está acompanhando o futebol há bastante tempo. É uma das melhores equipes do país, está nas oitavas da Libertadores como nós e vem jogando bom futebol”, afirmou.

Outro dado negativo: o Cruzeiro chegou a cinco partidas sem marcar gols, a pior sequência da história, igualando as secas de 1921, 1939 e 1992. A série sem balançar as redes preocupa, já que o time precisa marcar para passar pelo River Plate terça-feira, às 19h15, no Mineirão, sem precisar de pênaltis. Como empatou sem gols em Buenos Aires, a Raposa se classifica com qualquer triunfo, mas empate com gols favorece os argentinos.

A preparação para enfrentar o River segue hoje na Toca da Raposa. “Ainda é um pouco cedo (para definir o time). A chance maior do Thiago Neves. Chance um pouco menor do Robinho. Também preciso definir se vou fazer como na Argentina, se vou usar os dois ou um, para não sobrecarregar muito a equipe e termos disputa, pois é um jogo muito forte em termos de disputa”, avaliou.

Mesmo com a cabeça voltada para o confronto com o River Plate, a torcida não deixou de ir ao estádio da Pampulha. A boa presença para ver um time alternativo às vésperas de um duelo tão importante tem duas explicações: primeiro, a promoção de ingressos, que custaram até R$ 20 (inteira). Segundo, porque o Athletico não chegou a um acordo para ter seus jogos exibidos pela TV, o que deixou a partida sem transmissão nem mesmo em pay-per-view.

O jeito para o torcedor mais apaixonado foi partir para o Mineirão. Mas não foi brindado com um bom futebol do Cruzeiro diante de um adversário mais experiente e organizado, que optou por jogar com seus principais atletas, mesmo com jogo decisivo contra o Boca Juniors, quarta-feira, às 21h30, na Bombonera (na Arena da Baixada, perdeu por 1 a 0, diminuindo as chances de classificação).

No primeiro tempo, os dois times não haviam chegado com perigo até Weverton derrubar Nikão na área. O argentino Marco Rubén, que perdeu um pênalti contra o Boca, decidiu não bater e entregou a bola para o experiente Jonathan. O ex-lateral do Cruzeiro cobrou com categoria, deslocando Rafael, para abrir o placar aos 29min.

VAIAS E DERROTA No segundo tempo, o Athetico seguiu pressionando. Aos 11min, Rony acertou um belo chute de fora da área, que explodiu no travessão. No lance seguinte, Nikão chutou para fora, assustando Rafael. Impaciente com a falta de qualidade do time no ataque, a torcida pediu por Sassá, que entrou e pouco fez.

Rony, o melhor em campo, seguiu incomodando pela direita. Aos 31min, Bruno Guimarães recebeu de Marcelo Cirino, entrou na área e chutou no canto de Rafael: 2 a 0. O Cruzeiro não conseguia responder. Fred foi vaiado. E as vaias se repetiram ao apito final do árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda.


FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 0 X 2 ATHLETICO
Cruzeiro: Rafael; Weverton, Fabrício Bruno, Cacá e Dodô; Éderson e Ariel Cabral (Jadsom Silva 14 do 2º); Jadson, Maurício (Welinton 24 do 2º)  e David (Sassá 21 do 2º); Fred
Técnico: Mano Menezes
Athletico: Santos; Jonathan, Pedro Henrique, Leo Pereira e Márcio Azevedo (Abner Vinícius 28 do 2º); Wellington, Bruno Guimarães e Nikão; Bruno Nazário (Thonny Anderson 37 do 2º), Marco Ruben (Marcelo Cirino 19 do 2º) e Rony
Técnico: Tiago Nuneves
12ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão
Gols: Jonathan 29 do 1º; Bruno Guimarães 31 do 2º
Árbitro: Rodrigo Carvalhaes de Miranda (RJ)
Auxiliares: Luiz Claudio Regazone e Carlos Henrique Alves de Lima Filho (RJ)
VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
Cartão amarelo: Fred
Pagantes: 20.689
Renda: R$ 184.081,50
Próximos jogos: Atlético (f), Avaí (f) e Santos (c)

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