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Fórmula 1 reverencia Niki Lauda

O mundo do automobilismo prestou homenagem ao austríaco e pilotos e ex-pilotos destacaram o exemplo de coragem, lealdade e determinação do tricampeão mundial, que marcou a modalidade


postado em 22/05/2019 04:07

Niki Lauda e sua Ferrari em 1977, ano do bicampeonato mundial(foto: AFP - 22/7/77)
Niki Lauda e sua Ferrari em 1977, ano do bicampeonato mundial (foto: AFP - 22/7/77)


A morte do tricampeão mundial Niki Lauda, aos 70 anos, na última segunda-feira, provocou comoção no mundo do automobilismo. O lendário piloto austríaco é considerado um dos maiores talentos da história da Fórmula 1, tendo recebido homenagens e reconhecimento não apenas pelo seu desempenho nas pistas, mas também por sua influência no paddock e fora das pistas, sendo apontado como uma figura decisiva para o domínio exercido pela Mercedes na categoria nas temporadas mais recentes.

“Niki será sempre uma das maiores lendas do nosso esporte, ele combinou heroísmo, humanidade e honestidade dentro e fora do cockpit. Seu falecimento deixa um vazio na Fórmula 1. Nós não apenas perdemos um herói que protagonizou o mais notável retorno jamais visto, mas também um homem que trouxe clareza e franqueza preciosas à moderna Fórmula 1. Ele fará muita falta como nossa voz de bom senso”, disse Toto Wolff, diretor da Mercedes, lembrando o retorno às pistas de Lauda mesmo após sofrer graves queimaduras em acidente ocorrido em 1976.

Chase Carey, Presidente e CEO da Fórmula 1, também apontou a importância de Lauda, marcada na história da Fórmula 1. “É com grande tristeza que soubemos da morte de Niki Lauda. A Fórmula 1 perdeu não apenas um dos grandes expoentes do esporte, mas também um de seus heróis. Seu amor pelas corridas e a coragem que demonstrou foram simplesmente extraordinárias e ele inspirou muitos fãs. Sua morte é uma grande perda para toda a família de Fórmula 1 e para o automobilismo como um todo. Todos os nossos pensamentos vão para a família dele”, disse.

Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo, também prestou sua homenagem a Lauda, campeão mundial em 1975, 1977 e em 1984. “Niki Lauda foi um herói do automobilismo, que me inspirou na minha juventude. Ele é um marco na história da Fórmula 1”, afirmou.

A McLaren, equipe pela qual Lauda faturou seu último título, também exaltou o austríaco. “Todos na McLaren estão profundamente tristes ao saber que nosso amigo, colega e campeão mundial de Fórmula 1 de 1984, Niki Lauda, faleceu. Niki estará para sempre em nossos corações e consagrado em nossa história”, escreveu no Twitter.

Os dois primeiro títulos mundiais de Lauda foram conquistados pela Ferrari, que também se manifestou. “Todos na Ferrari estão profundamente tristes com a notícia da morte de nosso querido amigo Niki Lauda. Ele ganhou dois de seus três campeonatos mundiais conosco e sempre estará em nossos corações e nos de todos os fãs da Ferrari. Nossas sinceras condolências vão para toda a família e amigos dele”, escreveu o time italiano em seu perfil no Twitter.

INSPIRAÇÃO
Em suas redes sociais, o brasileiro Emerson Fittipaldi prestou uma homenagem a um de seus maiores rivais nos circuitos pelo mundo na década de 1970.“Querido Niki, você tinha muito talento, duro nas disputas, mas sempre leal. Você, supercampeão, sua história inspirou minha família, meu filho Emmo, meus netos Pietro e Enzo. Você me inspirou quando, com tanta coragem e determinação, já voltou em Monza. Niki, mais que campeão, você foi um GLADIADOR. Minhas sinceras condolências à toda sua família. Descanse em paz. DEUS ABENÇOE”, disse o brasileiro em uma postagem no Instagram.

Atual campeão mundial de F-1, o inglês Lewis Hamilton fez uma homenagem emocionada a Lauda: “Meu amigo, estou sofrendo em acreditar que você se foi. Vou sentir saudades das nossas conversas, risadas e dos grandes abraços depois de vencer corridas juntos. Foi uma verdadeira honra trabalhar ao seu lado pelos últimos sete anos. Eu sequer estaria nesse time se não fosse por você. Que Deus recolha sua alma. Obrigado por ser uma luz tão forte em minha vida. Estarei sempre aqui pela sua família. Te amo, cara. Do seu amigo, para sempre, Lewis”, escreveu em um post com fotos dos dois.

Campeão mundial em 2016, o alemão Nico Rosberg também se manifestou sobre a morte de Lauda, com quem trabalhou diretamente na Mercedes. “Obrigado por tudo que fez por mim. Aprendi muito com você. Sua paixão, seu espírito de luta, de nunca desistir, a sua crença que sempre terá uma segunda vez na vida, e a sua paciência com os novatos”, escreveu”.

Pilotos que compõem o grid da Fórmula 1 na atualidade também se lembraram com carinho de Lauda. “Ele era uma verdadeira lenda em nosso esporte e alguém por quem eu tinha muito respeito. Que ele descanse em paz”, escreveu o holandês Max Verstappen.

Afastado dos paddocks nos últimos meses por problemas de saúde, passou por um transplante de pulmão em 2018, tendo ficado cerca de três meses internado. E faleceu na segunda-feira por causa de complicações renais.

Nos últimos anos, ele vinha exercendo a função de presidente de honra da equipe Mercedes, que vem dominando a Fórmula 1 nos últimos anos. Lauda atuava quase como um conselheiro de luxo, próximo ao chefe de equipe Toto Wolff e aos pilotos, o inglês Lewis Hamilton e o finlandês Valtteri Bottas. O austríaco também era presidente do Conselho de Supervisão da escuderia desde setembro de 2012.


Bom humor


Ferrari
“Há milhares de jovens que conseguem rodar mais rápido que eu. Mas eu piloto uma Ferrari”

Aposentadoria

“Estou cansado de dar voltas como um tonto”
Após sua saída (temporária) dos circuitos, em 1979

Crítica à equipe
“Espero que o carro da assistência médica não nos supere na largada”
Irritado com o rendimento da Jaguar quando era diretor da escuderia em 2002

Salários

“Com os salários atuais dos pilotos, se eu fosse americano provavelmente levaria minha mãe a julgamento por ter me trazido ao mundo muito cedo”

Perfeição
“Não é fácil ser perfeito. Mas seria bom se alguém conseguisse”

Físico
“Como o meu trabalho depende unicamente do meu pé direito, minha aparência física importa pouco”

Sobrevivente
“Disse a mim mesmo: ‘isso não vai acontecer comigo’. Isto me motivou para seguir com a vida”
Sobre os sentimentos que teve quando recebeu a extrema-unção após seu acidente em agosto de 1976

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