A final da Superliga Feminina de Vôlei entre Minas e Praia – que será disputada em melhor de três com a primeira partida hoje, às 11h, no Mineirinho –, coloca em lados opostos da quadra jogadoras que conquistaram, juntas, títulos pela Seleção Brasileira. São os casos das ponteiras Natália, do MTC, e Fernanda Garay, da equipe do Triângulo Mineiro, e das meios de rede Carol Gattaz, minas-tenista, e Fabiana, do Praia. Todas, sem exceção, asseguram que o passado fica apenas nas lembranças e que, agora, será cada uma por si.
Natália e Fernanda Garay foram campeãs olímpicas em Londres’2012. Admiração e respeito marcam a amizade entre elas, que hoje será colocada de lado. Em número de títulos da Superliga, Natália está em vantagem em relação à amiga. Chegou mais vezes à final – esta é a nona vez. Ganhou quatro, sendo três pelo Rio de Janeiro e uma pelo Osasco. “Quero mais um agora”, afirma.
Ela só tem elogios para rival Garay. “É uma jogadora bastante equilibrada. Posso dizer que é uma pessoa que me inspira. Jogamos uma contra a outra várias vezes. Não sei, sinceramente, quem venceu mais, mas desta vez, com certeza, quero muito levar vantagem. Quero muito este título. Se tem uma coisa importante é que a Garay precisa ser bem marcada. É uma jogadora que sabe lidar com pressão, em especial numa final. Temos de para-la, pois, para mim, é uma das principais forças de ataque do Praia”, comenta Natália.
Já Garay diz estar acostumada a enfrentar a amiga. “Estivemos juntas na Seleção, mas não em clubes. Então, uma está acostumada a enfrentar a outra. Neste momento, meu foco é no clube e quero muit, conquistar o bicampeonato da Superliga. Só tenho um título pelo Praia, no ano passado. Com certeza, uma quer ganhar da outra. A nossa amizade não atrapalha em nada. Temos uma competitividade saudável. Será assim: olho o meu lado e ela olha o dela”, diz a jogadora do Praia, que está em sua terceira final – foi vice com o Osasco, e campeã no ano passado.
Admiração e respeito é também o que se vê entre Carol Gattaz e Fabiana, que, juntas, na Seleção Brasileira, foram pentacampeãs do Grand Prix. A primeira, apesar da história de conquistas com a camisa amarela, nunca foi campeã olímpica, ao contrário de Fabiana, que tem dois ouros: em Pequim’2008 e Londres’2012.
ADMIRAÇÃO “Respeito e admiro a Fabiana, que é uma amiga. Já estivemos juntas também em clube, no Rio, em 2008. Mas, hoje, será cada uma do seu lado. Num jogo como este, a gente se reinventa. O potencial dela é grande. Tem um ataque forte e um bloqueio difícil de ser ultrapassado. Na verdade, no jogo, vou tentar adivinhar o que ela está pensando em fazer”, afirma a minas-tenista.
Fabiana ressalta também a admiração pela adversária. “A gente se conhece bem. Uma sabe as características de jogo da outra. Na quadra, no entanto, isso não vale, não adianta. Cada uma se reinventa. Será assim comigo e também com ela. Mas espero, de alguma forma, conseguir levar a melhor. Queremos mais um título.”
Minas
Macris, Bruna Honório, Carol Gattaz, Mara, Gabi, Natália e Leia (líbero)
Técnico: Stefano Lavarini
Praia
Lloyd, Fawcett, Fabiana, Carol, Fernanda Garay, Michelle e Suelen (líbero)
Técnico: Paulo Coco
1º jogo da final da Superliga Feminina
Ginásio: Mineirinho
Horário: 11h
1º árbitro: Flávio Campos (SP)
2º árbitro: Débora Santos da Silva (RJ)
TV: Sportv2