
Mês de setembro é marcado pela conscientização do aneurisma cerebral
(Reprodução/ Freepik/ Kjpargeter)O mês de setembro é marcado pela conscientização do aneurisma cerebral, uma complicação que prejudica cerca de 2% da população mundial. Ela se caracteriza pela dilatação dos vasos sanguíneos, se tornando mais frequente nas artérias do que nas veias, a tornando silenciosa e grave — muitas vezes, não apresentando sintomas até que ocorra a ruptura do aneurisma, que pode resultar em consequências fatais.
Todos os dias 10 pessoas são internadas com aneurisma da aorta no BrasilDe acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 10 a 15 pessoas em cada grupo de 100 mil habitantes, sendo mais frequente em mulheres. No geral, a taxa é de 3 mulheres a cada 2 homens portadores de aneurisma. Apesar de ser mais recorrente em pessoas com idades entre 35 a 60 anos, crianças também podem desenvolver a condição.
A ruptura de um aneurisma pode resultar em consequências fatais e as chances de sequelas sem reabilitação são consideráveis. Para isso é necessário a realização de exames para o diagnóstico como, por exemplo, a angiotomografia computadorizada e a angiorressonância, além de agir preventivamente.
“Os aneurismas se tornam perigosos quando se rompem, ocorrendo cerca de 500 mil mortes todos os anos. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores serão as chances de sobrevivência e menores serão os riscos de sequelas”, alerta o doutor.
Sintomas
- Formigamento ou dormência na cabeça;
- Dores de cabeça muito intensas e recorrentes;
- Aumento da pupila em um dos olhos;
- Visão embaçada ou dupla;
- Convulsões.
Fatores de risco
- Hipertensão arterial;
- Tabagismo;
- Diabetes;
- Aumento do colesterol;
- Casos na família.
Tratamento
Para o tratamento, o neurocirurgião Victor Hugo explica sobre duas opções que dependem da localização, tamanho, forma e da condição de o indivíduo se encontra.
“Temos duas formas de tratar, a cirurgia aberta que é uma craniotomia, que é o processo de abrir o crânio do paciente e colocar um clipe para interromper a circulação dentro aneurisma", explica.
"Já um tratamento mais recente consiste em fazer um cateterismo por meio da embolização: vamos por dentro das artérias e assim conseguimos obstruir e eliminar ele da circulação, além de prevenir a ruptura”, relata o médico.
*Estagiária sob supervisão de Talita de Souza
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