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Estado de Minas Pratos Principais

Canjica com poesia

Receita de Adélia Prado presente no livro Receitas charmosas de gente famosa de Divinópolis, de Bete Dias e Rosaura Silva


postado em 13/01/2017 08:50

Ingredientes:

- 1º Você escolhe e lava meio quilo de canjica branca. Ponha para cozinhar com água, nem de mais, nem de menos.

- 2º Não deixe cozinhar demais. É preciso ter o prazer de mastigar os grãos. Não escorra a água do cozimento.

- 3º Ponha o açúcar e também o sal, mais ou menos uma colher de sopa rasa. O sal "puxa" o sabor, dá espírito ao doce.

- 4º Acrescente o leite na medida certa para ficar nem grosso, nem ralo.

- 5º Acrescente uma garrafinha de leite de coco.

- 6º Por último ponha amendoim torrado e moído, nunca de mais, nunca de menos. Está pronta uma canjica perfeita.

Onde ficar:

- DIVINÓPOLISJB Palace Hotel(37) 3222-6999River Palace Hotel(37) 3212-1221Hotel Fátima(37) 3221-3324Hotel JK(37) 3214-4560Íris Hotel(37) 3221-3667Hotel Imperador(37) 3222-9091Hotel Center Palace(37) 3222-1886CARMO DO CAJURUHotel Dona Josa(37) 3244-3602

Modo de Preparo:

Importante: sem o sal esta canjica fica igual a beijo sem amor. Com sal, não sobra para ninguém.



Versos das cozinhas

Ter sensibilidade para perceber beleza nas pequenas e singelas coisas do cotidiano não é proeza para qualquer um. Talvez, para a maioria não o seja. Para a escritora mineira Adélia Prado, essa característica é exaltada em verso e prosa, em linhas que fazem com que os episódios mais banais do dia-a-dia sejam vistos sob outra ótica. Natural de Divinópolis, ela mostra que a vida, por si só, já vale muitas obras de arte.

E, como boa parte da vida dos mineiros passa pela cozinha, esse espaço é um capítulo à parte na obra da escritora. Já dizia Adélia no poema Solar: "Minha mãe cozinhava exatamente: arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas. Mas cantava". Uma lembrança que povoa a memória de muitos de nós e vai além de recordações ligadas a simples imagens: tem cheiro e gosto. Nos versos da poetisa, até mesmo a refeição após a lida na enxada, ao pé do fogão, ganha aspecto encantador, como no poema Bucólica nostálgica: "(...) agachados, na porta da rua, sentados no fogão, ou aí mesmo, rápidos, como se fossem ao Êxodo, comem feijão com arroz, taioba, ora-pro-nóbis, muitas vezes abóbora.

Depois, café na canequinha e pito (...)". Para despedir-se de mais um guia, a receita também vem em forma de poesia. Um presente de Adélia, essa mulher do povo, como já se definiu em uma de suas obras. Alimentados por seus versos, nos despedimos de mais um passeio pela cultura e pelas cozinhas destas Gerais. Até a próxima!

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