Ingredientes:
- 1 kg de feijão (não pode ser preto)
- 1 kg de lingüiça calabresa
- 1 kg de lingüicinha de porco, de preferência caseira
- 500 g de bacon
- 500 g de carne-seca
- 2 cabeças de alho
- 4 cebolas grandes
- 1 quilo e meio de toucinho, cortado para torresmo
- 1 dúzia de ovos
- 500 g de farinha de milho
- 2 molhos de couve
- Sal a gosto
- 300 g de banha de porco
- 1 pitada de pimenta-do-reino
Modo de Preparo:
Fritar a lingüicinha inteira e cortá-la em pedaços de cerca de 2 centímetros. Reservar. Tirar a pele da calabresa, cortá-la em cruz e em cubinhos de 1 cm e cozinhá-la, com um pouco de sal, para não perder o sabor. Escorrer e reservar. Cortar a carne-seca em cubinhos de 1 cm, lavar bem e cozinhar na panela de pressão, por cerca de 50 minutos. Fritar o toucinho, fazendo o torresmo, e reservar. Cozinhar o feijão na panela de pressão, marcando 11 minutos assim que a válvula começar a soltar vapor.
Reservar. Fritar o bacon, em duas colheres (de sopa, cheias) de gordura de porco, até que ele murche e, na mesma panela, acrescentar o alho e a cebola picados. Pôr o resto da gordura, a calabresa, a lingüicinha, o torresmo e a couve. Misturar bem. Acrescentar os ovos mexidos e temperar com um pouco de sal e pimenta-do-reino. Juntar o feijão al dente, já escorrido, verificar o sal e, finalmente, pôr a farinha de milho.
Senhor das panelas
Hora do almoço chegando, vontade louca de ter à mesa uma comida bem mineira, daquelas que a gente raspa o prato, lambe os dedos e repete. Vamos encontrá-la em Areado, onde o aposentado José Corrêa usa toda sua imaginação e criatividade no preparo do tropeirão. Se você pensa que não há mais a acrescentar ao prato criado no Brasil colonial, que sustava os tropeiros, está redondamente enganado. Corrêa usa, no lugar da farinha de mandioca, a farinha de milho, que dá mais umidade e colorido ao feijão.Mestre-cuca de boa cepa, ele domina a cozinha como verdadeiro senhor das panelas, dos ingredientes e dos temperos: corta a lingüiça com precisão, põe o sal na medida certa e cozinha o feijão sem deixar passar do ponto. Para isso, adota métodos particulares, que vêm de longa data. Com todos os sentidos bem apurados, ele sabe que assim que começar a sair vapor da panela de pressão, basta contar 11 minutos que está pronto.
Sabedoria que, no final, só merece respeito e muitas palmas.